Quem quer comprar o Chelsea? Há dezenas de interessados e o valor são 3,6 mil milhões

O russo Roman Abramovich saiu da gestão dos blues e colocou o clube à venda na sequência do conflito armado na Ucrânia. Governo britânico permite venda em regime excecional e com condições para evitar falência.

Quem quiser comprar o Chelsea têm até sexta-feira para fazer uma oferta. Interessados não faltam e já davam para fazer um plantel. Depois de se afastar da gestão do clube inglês no dia 26 de fevereiro, na sequência da invasão da Rússia à Ucrânia, Roman Abramovich decidiu vender os blues por 3,6 mil milhões de euros e, segundo a BBC, já teve (tem), pelo menos, 20 ofertas. Umas mais públicas do que outras. Para já são 13 as propostas conhecidas.

O Saudi Media Group, consórcio saudita liderado por Mohamed Alkhereiji, é o mais recente interessado na aquisição do emblema londrino, tendo já avançado com uma proposta de 3,2 mil milhões de euros. É o valor que mais se aproxima do pedido por Abramovich (3,6 milhões), depois da oferta de Andy Owusu. O excêntrico empresário e político ganês, que fez fortuna graças às minas de ouro em África, revelou na semana passada, nas redes sociais, a carta com a proposta que fez pelos blues, no valor de 2,8 mil milhões de euros.

Se Owuso disse aguardar resposta, a oferta de Hansjorg Wyss (86 anos) foi recusada. O magnata suíço admitiu o interesse em comprar o clube de Stamford Bridge, inserido num consórcio com o empresário norte-americano Todd Boehly (sócio dos Los Angeles Dodgers, da Major League Baseball, e com 27% dos Lakers da NBA), e avançou com uma proposta de compra de 2,6 mil milhões de euros.

Seguiu-se Jamie Reuben (35 anos), filho do bilionário David Reuben e conhecido adepto do Chelsea, que já tem uma participação de cerca de 10% no Newcastle da Premier League. E segundo a Bloomberg, Josh Harris (57 anos), o bilionário co-fundador da Apollo Global Management Inc. é outro possível interessado e pode fazer uma proposta através da empresa Harris Blitzer Sports & Entertainment, da qual é co-fundador.

Também Nick Candy (49 anos), um bilionário britânico do ramo imobiliário pretende apresentar uma proposta. Adepto do Chelsea desde criança, já tem um projeto e um orçamento de 1,5 mil milhões para a reforma de Stamford Bridge. E tem a concorrência de Loutfy Mansour (33 anos). O empresário egípcio é o CEO da Man Capital, uma empresa de investimentos familiar, sediada em Londres e que trabalha para empresas com a McDonald's, Chevrolet e Red Bull.

Já o proprietário dos New York Jets, Woody Johnson (74 anos), através de um consórcio sediado na Arábia Saudita, e o bilionário britânico Jim Ratcliffe (69 anos), dono do Ineos, que comprou o Nice em 2019, mostraram interesse, mas já terão desistido face à intransigência de Abramovich (que tem nacionalidade portuguesa desde abril de 2021) em negociar abaixo da fasquia anunciada. O valor também assustou Vivek Ranadivé, magnata da tecnologia e dono dos Sacramento Kings (equipa da NBA onde joga o português Neemias Queta).

"Sim, fizemos uma proposta", confirmou um porta-voz do bilionário turco Muhsin Bayrak, dono da construtora AB Grup Holding, ao jornal The Guardian. O empresário conta fechar negócio até ao final da semana. "Estamos a negociar os termos da compra do Chelsea com os advogados de Roman Abramovich. Estamos em fase de negociações para assinarmos. Vamos hastear a bandeira turca em Londres em breve", disse Bayrak, citado pelo jornal turco Yeni Safak, sem revelar o valor da oferta.

Um dos primeiros a revelar interesse em adquirir os blues foi Conor McGregor (33 anos). O lutador de MMA irlandês revelou no Twitter que fez uma oferta de cerca de 1,8 mil milhões de euros, metade do valor pretendido pelo atual dono. A proposta do irlandês não chegou a ser efetivada e nem tão pouco foi levada a sério, uma vez que McGregor tem um património na ordem dos 150 milhões de euros.

Roman Abramovich comprou o Chelsea em 2003 por 167, 6 milhões de euros e gastou qualquer coisa como 2,4 mil milhões de euros, entre reforços e melhoria das infraestruturas do clube, tendo conquistado 17 troféus (incluindo duas Ligas dos Campeões) em 19 anos. E de acordo com a imprensa britânica, chegou a recusar propostas para vender o clube na ordem dos 2,6 mil milhões.

Agora colocou a fasquia nos 3, 6 milhões (valor 25 vezes superior ao que gastou para adquirir o emblema londrino). O magnata russo colocou o clube à venda e garantiu que os lucros gerados nesta transação serão canalizados para as vítimas da guerra na Ucrânia. Essa foi aliás uma das imposições do governo britânico para permitir o negócio em regime excecional e para evitar a falência do vencedor da Champions e do Mundial de Clubes da época passada, depois de impor sanções ao oligarca russo.

Na sequência das conversações com o governo do Reino Unido, o Raine Group, banco de investimento norte-americano sediado em Nova Iorque que tem feito a intermediação da venda do Chelsea, anunciou que receberá propostas até à próxima sexta-feira, devendo todo o processo ficar concluído até final do mês.

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