Quem fica livre e porquê? Há um duplo campeão europeu na lista 

Eliseu e Pepe são dois exemplos de jogadores sem clube, mas há mais e a jogar ao mais alto nível, como Daniel Alves ou Ibrahimovic. Muitos aproveitam para acabar a carreira...
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Hoje têm clube, amanhã já não. O dia 30 de junho é um alívio ou um pesadelo para muitos jogadores. O dia em que deixam de ter patrão. Para uns significa liberdade para escolher o próximo destino, mas para outros pode ser o desemprego (estágio do Sindicato tem cerca de 20 jogadores nessa situação) e até o fim antecipado da carreira.

Só na Liga portuguesa, mais de 80 atletas jogaram a última época no fio da navalha. Alguns renovaram entretanto (caso de Luisão, capitão do Benfica), outros assinaram por outros emblemas (André Pinto do Sp. Braga assinou pelo Sporting e Dyego Souza do Marítimo mudou-se para Braga a custo zero), mas a maioria chegou ao fim da temporada sem contrato. Casos de Alan, capitão do Sporting de Braga, que aos 35 anos optou por pôr um ponto final na carreira, tal como Meyong (Vit. Setúbal), André Vilas Boas (Rio Ave) ou Moreno (Vitória de Guimarães)...

E porque não renovaram Eliseu ou Pepe, por exemplo? O primeiro foi campeão nacional pelo Benfica, campeão da Europa de seleções e está na Taça das Confederações, mas chega a julho sem contrato. Eliseu tem mercado e pode até ficar na Luz, mas porque chegou a esta altura com o futuro incerto?

Olhando para Pepe, o caso é ainda mais enigmático e só um desacordo de verbas ou falta de compromisso entre as partes pode explicar que um jogador do Real Madrid, campeão da liga espanhola, da Champions, do Euro 2016, não tenha renovado com os merengues. O central optou por jogar a Taça das Confederações, por Portugal, sem clube e escolher o próximo destino (PSG?) depois de ficar livre.

Já no verão de 2016, Ricardo Carvalho passou uma situação idêntica. Acabava contrato com o Mónaco e não renovou. Tinha 38 anos. Pelo meio foi convocado para o Euro 2016 e acabou campeão de Europa sem clube. Depois de alguns meses de indefinição, optou pela China (Shanghai SIPG), adiando o adeus aos relvados.

Não é por acaso que esta situação é mais recorrente a partir de uma certa idade. Talento à parte, a maior parte dos atletas em fim de contrato já passou dos 30 e os clubes começam a questionar se ainda rendem e valem os milhões de antigamente. Os jogadores que ficam livres davam para fazer uma equipa digna de disputar qualquer campeonato (ver texto ao lado). Há vários jogadores de emblemas de topo: como Ibrahimovic (35 anos), que recupera de uma lesão e procura clube depois de sair do Manchester United; também Totti decidiu sair da Roma, o seu clube de sempre, aos 40 anos, mas quer continuar a jogar (EUA e Japão são duas possibilidades); ou Jonh Terry (36 anos), que saiu do Chelsea sem acabar a carreira.

No caso de Daniel Alves, optou por rescindir com a Juventus depois de um ano de contrato e está no mercado, por opção. "Eu amo o futebol e dinheiro nunca me irá reter em lugar algum", disse, depois de dizer adeus à Vecchia Signora. E há situações em que os jogadores ainda têm a opção de continuar no clube por mais um ano, como Casillas no FC Porto e Fernando Torres no At. Madrid, mas não sabem onde vão jogar na época 2016-17.

Para outros atletas, 30 de junho é um alívio. Foi assim com André Carrillo, afastado do plantel do Sporting, em outubro de 2016, depois de recusar renovar, mas que teve de se apresentar ao serviço até ao último dia do contrato. Depois mudou-se para o Benfica.

Eis um possível onze de jogadores que vão ficar livres a partir de amanhã: Valdés; Dani Alves, Pepe, John Terry e Eliseu; Lucas Leiva e Zoran Tosic; Jesús Navas, Nilmar e Totti; Ibrahimovic.

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