Primeiro evento da modalidade em Portugal entre 4 e 8 de maio

A Federação de Desportos de Inverno de Portugal (FDIP) promove, entre 4 e 8 de maio, no Centro Comercial Colombo, em Lisboa, o primeiro evento de curling, com o objetivo de divulgar a modalidade e atrair praticantes.
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Na Praça Central vão estar instaladas, a partir de sexta-feira, cinco pistas sintéticas de curling, que podem ser utilizadas gratuitamente, entre as 10.00 e as 24.00, sob a orientação de técnicos da federação e na presença do lusodescendente Daniel Rafael, medalha de bronze nos Jogos Olímpicos de Inverno PyeongChang 2018, no comando da equipa de pares mistos da Rússia, que também já foi selecionador de Itália, China, República Checa, Turquia e Rússia.

As pistas foram doadas pela Federação Mundial de Curling, ao abrigo do Development Assistance Programme, programa de desenvolvimento da modalidade em vários países que não têm essas condições.

Segundo Pedro Farromba, presidente da FDIP, depois desta primeira ação vão ser replicadas durante este ano iniciativas semelhantes na zona norte do país, no sul e outra na Covilhã.

"A ideia é divulgar a modalidade. Dar às pessoas a possibilidade de experimentarem. Sentimos que existe curiosidade e interesse", sublinha, em declarações à agência Lusa, Pedro Farromba, que em PyeongChang 2018 desenvolveu vários contactos, adquiriu conhecimentos sobre esta disciplina e reuniu com a presidente da World Curling Federation (WCF).

O presidente da FDIP não conhece praticantes em Portugal, mas adianta que desde que foi divulgada a adesão à Federação Internacional de Curling, em 2017, tem recebido "inúmeros contactos de residentes no estrangeiro".

As pistas, que podem ser transportadas, vão ficar em Portugal para promover a modalidade. Pedro Farromba acredita que vão surgir equipas no país e que a disciplina poderá ter representantes nos Jogos Olímpicos e Paralímpicos.

Num futuro próximo Daniel Rafael vai dar formação aos professores da FDIP, para se começar a dar enquadramento técnico ao curling, começando do zero, segundo realça o dirigente federativo.

"O Daniel Rafael é alguém muito conceituado no mundo do curling e vamos conversar com ele para ver como conseguimos beber do seu conhecimento. Ele mostrou abertura para uma colaboração", adianta Pedro Farromba, em declarações à agência Lusa.

O responsável federativo admite que praticar no gelo é melhor, mas sublinha que as pistas disponíveis estão homologadas pela WCF, explica que as pedras com que se joga deslizam da mesma forma e informa que as pistas artificiais são utilizadas em vários países. "Temos de aproveitar aquilo que temos", vinca.

Em Espanha, refere Pedro Farromba, existem 14 e não descarta a construção de uma pista de gelo em Portugal, que serviria para várias modalidades e seria possível alugar para espetáculos. "Estamos a trabalhar nesse sentido", frisa, para já expectante em relação à forma como vai correr a primeira iniciativa de curling, durante cinco dias.

O evento conta com o apoio de vários atletas e ex-atletas, como Rosa Mota, Joaquim Videira e João Silva, que no sábado, a partir das 15.00, vão experimentar a modalidade. Os dias 7 e 8 de maio são direcionados para alunos de escolas de todo o país.

O curling pratica-se numa pista de gelo e o objetivo das equipas é fazer aproximar as pedras de granito lançadas o mais perto possível do alvo, esfregando com a vassoura o gelo para tentar definir a trajetória.

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