Primeiras demissões na Assembleia Geral do Sporting

Diogo Orvalho foi eleito na lista de Bruno de Carvalho
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Um membro suplente da Mesa da Assembleia-Geral do Sporting, Diogo Orvalho, apresentou esta quitna-feira a renúncia ao cargo, para o qual foi eleito na lista de Bruno de Carvalho, alegando falta de condições, disse fonte do clube.

É a primeira demissão na estrutura leonina eleita em março de 2017, na sequência da crise que afeta o clube após agressões de alegados adeptos à equipa de futebol e detenções no clube por suspeita de corrupção desportiva. Segundo o CM, Eduarda Proença de Carvalho também apresentou a demissão.

Diogo Orvalho dirigiu-se em carta a Jaime Marta Soares (Assembleia-Geral), Bruno de Carvalho (Direção) e Nuno Silvério Marques (Conselho Fiscal), e alega, segundo a mesma fonte do clube, não existirem condições para a sua continuidade.

Diogo Orvalho já teria tentado junto dos seus pares da AG a queda do órgão há mais de um mês, mas terá agora avançado a título individual, num momento em que, segundo a mesma fonte, entende existir uma falta de decisão e rumo.

O dirigente demissionário entende ainda que não estão reunidas condições para clarificar o futuro do clube, sobretudo após a direção ter pedido na quarta-feira uma AG para "auscultar os sócios", ao invés de apresentar a demissão, referiu a fonte.

Para Diogo Orvalho, a própria AG, que também convocou uma reunião com a Direção e Conselho Fiscal na segunda-feira, veria assim esvaziado o propósito "do que se pretenderia e impunha", que seria a demissão coletiva dos órgãos sociais, acrescentou a fonte.

A demissão de Diogo Orvalho surge um dia depois de o Ministério Público ter avançado com buscas em Alvalade e domiciliárias, relacionadas com suspeitas de atos de corrupção e que levaram à detenção de quatro pessoas, entre as quais André Geraldes, diretor para o futebol do Sporting.

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