11 dezembro 2015 às 00h01

Philippe Croizon. A aventura de um amputado no Dakar

Já atravessou o canal da Mancha e cinco continentes a nado. Agora vai pilotar um buggy no rali mais duro do mundo em 2017

Nuno Fernandes

Um grave acidente em 2004 - uma forte descarga elétrica - deixou Philippe Croizon sem braços e sem pernas. O francês de 47 anos, um verdadeiro exemplo de superação, conseguiu ultrapassar o trauma e quis tornar-se um exemplo para os amputados. Depois de em 2010 ter atravessado o canal da Mancha a nado, agora tem mais um desafio pela frente: participar na edição do rali Dakar de 2017.

O acidente que sofreu, uma descarga elétrica que lhe percorreu o corpo durante 20 minutos, deixou-o com queimaduras brutais. Apesar de ter realizado várias operações, foi obrigado a amputar as pernas e os braços. Seguiram-se largos anos de recuperação - física e psicológica, período durante o qual chegou a pensar pôr termo à vida. "Simplesmente decidi viver", revelou Philippe Croizon. E a melhor forma de contrariar a sua deficiência foi propor-se a ultrapassar grandes desafios.

A próxima prova de superação será a participação no Rali Dakar de 2017, a mais dura prova do calendário automobilístico. "Há muito tempo que sigo este rali. Sou um apaixonado pelos desportos com carros. Por que não participar no Dakar? Com a tecnologia que existe hoje em dia é perfeitamente possível para uma pessoa como eu conduzir um carro", contou em entrevista ao jornal L"Équipe.

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