Foi já nos minutos finais do tempo extra que Ángel Di María bisou de penálti e deu a vitória ao Benfica.
Foi já nos minutos finais do tempo extra que Ángel Di María bisou de penálti e deu a vitória ao Benfica.GERARDO SANTOS / GLOBAL IMAGENS

Penáltis de Di María salvam um Benfica com trauma europeu

Após a desilusão na Champions, os encarnados entraram na Liga Europa aos solavancos. Valeu o bis da estrela argentina para vencerem (2-1) um Toulouse que enervou a Luz.
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Um alivio. Foi este o sentimento com que os jogadores do Benfica terminaram esta quarta-feira o jogo com o Toulouse, afinal foi nos instantes finais que conseguiram vencer, na Luz, por 2-1, em jogo da primeira mão do play-off da Liga Europa. Isto numa altura em que os adeptos já se preparavam para assobiar a equipa, na sequência de mais uma exibição sofrível nas provas da UEFA, algo que tem sido regra esta época. Valeram os dois penáltis marcados por Di María para que os encarnados vão a França na próxima semana defender a magra vantagem e assim chegarem aos oitavos-de-final.

O Benfica entrou nesta partida sabendo que pela frente estaria uma equipa que apenas ganhou oito dos 30 jogos que tinha disputado esta época, mas ainda assim Roger Schmidt apostou num onze bastante rodado, surgindo apenas o espanhol Álvaro Carreras como elemento com menos minutos. E a verdade é que após uns instantes iniciais algo divididos, os encarnados começaram a fazer valer a lei do mais forte com uma pressão muito forte, o que levou a que o Toulouse perdesse várias vezes a bola ou a despachasse de qualquer maneira para a frente à procura do seu avançado, o neerlandês Dallinga.

O Benfica instalou-se no meio-campo francês, mas o problema eram as decisões perto da área, onde nem sempre o passe saiu da melhor forma. Exceção feita a um remate de longe de Kökçü, apenas aos 28 minutos João Mário esteve perto de visar a baliza, após defesa incompleta do guarda-redes Restes.

Começaram então a aparecer mais espaços por onde os benfiquistas poderiam causar perigo, Rafa esteve mesmo perto de abrir o marcador, com um remate à malha lateral e outro à barra, Arthur Cabral e João Mário também falharam o alvo.

Do Toulouse pouco se via em termos ofensivos, até porque quando tentavam chegar mais perto da área António Silva e Otamendi iam resolvendo todos os problemas e deixavam Trubin descansado.

Para a segunda parte era preciso mais acerto no último passe, velocidade para desmontar a organização defensiva dos franceses e, claro, eficácia. E os primeiros minutos mostraram um Benfica mais ativo, só que aos poucos os franceses ganharam confiança, subiram as linhas e começaram a incomodar a defesa encarnada, mas tirando um remate Sierro, pouco perigo criaram.

O Benfica passava por uma fase de alguma instabilidade e Roger Schmidt reagiu lançando David Neres e Alexander Bah para os lugares de Carreras e João Mário. Não demorou muito até que surgiu um penálti, a castigar mão de Logan Costa na sequência de um canto. Di María assumiu a responsabilidade e abriu o marcador. Parecia ser aquele o desbloqueador e a verdade é que Arthur Cabral só não fez o 2-0 porque o guarda-redes Restes fez uma grande defesa.

Contudo, aos 72 minutos, os jogadores benfiquistas demoraram muito tempo a tirar a bola da área e ela sobrou para Desler, que apareceu sem marcação para rematar para o fundo da baliza de Trubin. Era um verdadeiro balde de água gelada na Luz. O Toulouse chegava ao empate quando os campeões nacionais tinham feito o mais difícil.

A Luz tornou-se num barril de pólvora. As vaias dos adeptos iam enervando cada vez mais os jogadores, que forçaram então o ataque mas, diga-se, sem criar oportunidades flagrantes. Só que já nos instantes finais do tempo extra Mawissa pisou Marcos Leonardo na área e o árbitro mandou marcar penálti. Nas bancadas o suspiro de alivio só surgiu depois de Di María bater o guarda-redes.

A vitória acaba por ser um resultado justo para os encarnados, que estiveram à beira de ser castigados pela falta de objetividade. É que atacar muito não basta, é preciso criar ocasiões e acertar na baliza. 

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