"Se queres destruir um homem, ensina-o a jogar xadrez", disse Oscar Wilde. Aos 46 anos, Rui Dâmaso recusa o excesso dramático do escritor irlandês do século XIX e garante que em frente ao tabuleiro encontra um ponto de equilíbrio, mas reconhece que já passou por momentos difíceis nesta relação de uma vida. Depois de um período de algum afastamento, o mais cotado dos xadrezistas portugueses atualmente federados, seis vezes campeão nacional e com o grau de mestre internacional da modalidade, voltou a focar-se na competição nos últimos dois anos e esta terça--feira estará em Israel a representar Portugal no Campeonato da Europa Individual. Um evento a que o país regressa após vários anos de ausência..Com Rui Dâmaso vai também participar neste Europeu Jorge Viterbo Ferreira, jovem de 20 anos que é o principal rosto da nova geração do xadrez nacional. Se Jorge Ferreira nasceu já em plena era do "xadrez tecnológico", Dâmaso pertence a uma velha guarda que devorava os manuais importados nos anos 80 do século passado, sem os softwares atuais, que permitem estudar e testar fórmulas infinitas do jogo. "Quando comecei a jogar, podia levar meses para descobrir determinadas coisas. Agora descobre-se tudo em meia dúzia de minutos numa base de dados na internet", compara o jogador do Barreiro (e do Barreirense), em conversa com o DN, antes da partida para Jerusalém..Leia mais na edição impressa ou no e-paper do DN