Onde está Strahinja no mar amarelo?
Era como encontrar um alfinete num palheiro mas lá se vislumbrou um sérvio no meio da imensa comunidade brasileira que assentou arraiais na Arena Portugal, Terreiro do Paço. Mas um que valia por muitos, e sem papas na língua. "Estão ali mais uns quatro ou cinco sérvios, somos poucos, sim, mas bons e sem medo desta multidão brasileira", atirou, StrahinjaRadosavljevic, bem-disposto e em português. Sofrível, é verdade, mas carregado de emoção. "Estou a estudar Direito, integrado no programa Erasmus. Se gosto de Portugal? Eu amo! Este país é já a minha segunda pátria. E vai ser aqui que vou tirar o doutoramento", prometeu.
Mas estávamos ali pelo Mundial, pela bola que une povos no mesmo espaço: "Vim aqui, sobretudo, pela Sérvia, pela minha nação. Temos uma boa equipa, mas lamento que valores económicos falem mais alto e que a Sérvia seja sempre prejudicada, inclusive por interesses políticos".
A declaração em defesa do seu país acabou interrompida pela chegada de um grupo de brasileiros, curiosos por saber quem era aquela espadaúda e barbuda figura, enrolado na bandeira da Sérvia. Seguiram-se as selfies da praxe e os sorrisos do tamanho do Mundial.