Noite de (quase) sonho de Pavlidis acabou em pesadelo para o Benfica
No regresso das grandes noites europeias ao Estádio da Luz, o Benfica esteve perto de surpreender o Barcelona, mas acabou ingloriamente derrotado no último lance de jogo (5-4). Uma partida com nove golos que empolgou os amantes do futebol, mas deixou frustrados os benfiquistas e, em particular, Pavlidis, que fez um memorável hat-trick e ainda assim perdeu o jogo da 7.ª jornada da Liga dos Campeões.
Segue-se a viagem a Turim, na última ronda desta fase da Champions, para jogar com a Juventus.
Esta terça-feira, no 10.º duelo entre encarnados e blaugrana, entrou muito melhor o Benfica, que marcou um golo logo aos dois minutos de jogos. Tomás Araújo lançou Carreras em velocidade e o espanhol cruzou a meia altura para a finalização de Pavlidis. O Barcelona foi capaz de responder e ir crescendo cada vez mais na partida até chegar ao empate. Tomás Araújo pisou Álex Baldé na área e depois de alertado pelo VAR, o árbitro marcou grande penalidade, que Robert Lewandowski transformou no 1-1.
Seguiu-se uma fase de domínio do Barça. Pablo Gavi não conseguiu bater Trubin e seria a equipa de Bruno Lage a voltar a colocar-se em vantagem. Um lance infeliz dos catalães - Szczesny e Álex Baldé chocaram - deixou Pavlidis isolado e com baliza aberta para fazer o 2-1. O grego iria ter um jogo para recordar a nível pessoal ao fazer um hat-trick de penálti, a castigar um derrube de Szczesny a Akturkoglu.
Quatro golos na primeira meia hora de jogo era um bom indicador para o resto do desafio. Até ao intervalo o marcador não mudou por culpa da falta de pontaria de Raphinha mesmo antes do árbitro apitar para o descanso. O brasileiro ex-Sporting ainda iria ser o homem do jogo.
De erro em erro...
No segundo tempo, o temporal que se fazia sentir em Lisboa ameaçava afetar a qualidade de jogo, mas a emoção manteve-se até ao fim. E de que maneira. Com o Barcelona instalado no meio campo do Benfica, a equipa de Bruno Lage ia defendendo em bloco baixo e assim retirava espaço aos blaugrana para rematar à baliza de Trubin. A má pontaria de Yamal (em jogo não), Lewandowski e Jules Koundé também ajudou.
O caudal ofensivo blaugrana chegou a ser sufocante, mas foi um erro de Trubin que permitiu à equipa de Flick reduzir o marcador (2-3) aos 65 minutos. Um golo tão inesperado quanto insólito. Na reposição de jogo, o guarda-redes benfiquista rematou de encontro à cabeça de Raphinha e ficou a ver a bola entrar.
De erro em erro se foi construindo um grande resultado.
Numa altura em que se temia mais um forcing catalão à procura do empate, um autogolo de Roland Araújo repôs a vantagem de dois golos para o Benfica, mas Lewandowski voltou a bater Trubin na marca dos 11 metros e relançou a imprevisibilidade do resultado.
A calma com que os catalães, em desvantagem e tão perto do fim do jogo, trocavam à bola à espera de dar a estocada final impressionava de tão eficaz ser. O empate chegou num canto curto batido à esquerda, com Pedri a cruzar à vontade em direção ao segundo poste onde surgiu o cabeceamento de Eric García
Di María, que foi suplente e só entrou depois dos 70 minutos de jogo, podia ter decidido a favor dos encarnados, mas o argentino esbarrou no guardião polaco e assim permitiu a reviravolta final... no último e polémico lance do encontro. De um possível penálti para o Benfica nasceu um contra-ataque para o Barcelona e Raphinha foi herói para os catalães, que assim venceram e se apuraram para a fase seguinte da Champions. O Benfica desceu para o 18.º lugar, ainda em posição de play-off.
isaura.almeida@dn.pt