Paulinho festeja o único golo da partida.
Paulinho festeja o único golo da partida.RODRIGO ANTUNES/LUSA

Na ressaca da festa, Rúben Amorim consegue superar Jorge Jesus

Três anos depois de ter marcado o golo do título, Paulinho decidiu uma difícil deslocação ao Estoril, que valeu ao Sporting o seu recorde de pontos (87) e de vitórias (28) numa edição da do campeonato.
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Recorde de pontos (87) e recorde de vitórias (28) do clube e só o objetivo de chegar aos 100 golos ficou um bocado mais complicado. Graças a um golo de Paulinho, já na reta final do encontro, o Sporting venceu por 1-0 na deslocação ao Estoril, com o avançado a voltar a justificar a confiança que Rúben Amorim. Ainda “ressacada” com a festa do passado domingo, a equipa leonina não fez uma grande exibição mas criou o suficiente para conquistar os três pontos, somando o 41º jogo a marcar na Liga. “Vou muito satisfeito para casa”, admitiu o técnico, que no final promoveu mais dois jovens a campeões.

No estádio António Coimbra da Mota estiveram duas equipas que cumpriram os seus objetivos na prova, o que retirou qualquer carga dramática à partida: o Sporting campeão nacional; o Estoril já a salvo de qualquer perigo e com a manutenção assegurada, graças aos resultados dos jogos anteriores, nos quais Portimonense e Estrela não conseguiram vencer e não podem alcançar a turma de Vasco Seabra na tabela, que assim está livre do playoff – as descidas diretas já tinham como destinatários Vizela e Desp. Chaves.

Tal como prometera na antevisão, Rúben Amorim mexeu um bocado mas não muito, com a intenção de manter toda a gente com ritmo para a final da Taça de Portugal. Diogo Pinto ocupou a baliza e garantiu a sua medalha de campeão, devido às lesões de Franco Israel e Adán; Esgaio voltou a ser titular e Geny nem se sentou no banco, onde esteve, como prometido, Gabriel Menino, da equipa B, ao lado de Nuno Santos, o que tornou Matheus Reis titular; já o meio-campo ficou entregue a Morita e Daniel Bragança, uma vez que Hjulmand está tapado a nível disciplinar; no ataque, Trincão e Pote acompanharam Gyökeres. Do lado dos anfitriões, o técnico também mexeu no onze em relação à última ronda, destacando-se o regresso à equipa inicial de Rafik Guitane e a saída de Mateus Fernandes, impedido de alinhar por estar emprestado pelos leões, juntando-se assim às ausências por lesão de Tiago Araújo, Holsgrove e Jovic.

Exatamente três anos depois de ter colocado um ponto final no maior jejum no campeonato da história do clube (19 anos) – curiosamente com um golo de Paulinho –, o Sporting entrou em campo com direito a uma guarda de honra por parte dos canarinhos. Na primeira parte, jogando com o vento a favor, um fator sempre importante no Estoril, os leões, empurrados pelos adeptos, começaram o jogo ao ataque mas sem grande inspiração. Um remate demasiado por cima de Pote (11’) foi o que se viu nos minutos iniciais e só depois da meia hora o jogo animou um bocadinho, depois dos visitantes ganharem o primeiro canto. E, se é verdade que a equipa de Amorim ainda conseguiu criar lances de algum perigo – um remate em jeito de Trincão rente ao poste (35’), outro de Daniel Bragança em posição frontal e um lance em que Pote, isolado, acertou mal na bola (44’) –, o certo é que o melhor lance de golo foi do Estoril, quando Rodrigo Gomes acertou no poste depois de escapar pela esquerda bem solicitado por Guitane (45’).

Mudança decisiva

Sem espanto, o intervalo chegou com um nulo no marcador – desde Portimão, há mais de cinco meses, que tal não sucedia aos leões na Liga. O Sporting não soube beneficiar do vento a favor e o Estoril encaixou muito bem com um sistema idêntico, conseguindo manietar as movimentações dos leões.

A segunda parte não trouxe grandes alterações e o jogo só animou quando Amorim lançou Nuno Santos e Paulinho, que acabariam por ser decisivos. Carné foi evitando que o Sporting prosseguisse a sua marca de jogos consecutivos a marcar na Liga, negando golos a Esgaio (62’), Gyökeres (63’), Diomande (69’, no único canto perigoso da equipa) e Trincão (76’). A única resposta estorilista foi num remate em jeito de Rodrigo Gomes (77’) e na resposta chegou finalmente o golo que os adeptos do Sporting ansiavam: Gyökeres soltou Nuno Santos na esquerda, este centrou e Paulinho surgiu ao segundo poste, conseguindo que o seu remate entrasse na baliza depois de bater num defesa perto da linha. O avançado ainda podia bisado pouco depois, quando Amorim já dera o prémio a Gabriel Menino, que rendeu Pote e se juntou ao lote de campeões nacionais, O resultado não se alterou e Amorim conseguiu o “gozo” de bater a marca do seu antigo técnico.

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