Centenas de pessoas reuniram-se esta manhã na Igreja do Cristo Rei, no Porto, para prestar o derradeiro tributo a Jorge Costa, antigo capitão do FC Porto e da seleção nacional, que morreu na terça-feira, aos 53 anos.A cerimónia fúnebre, que decorreu pelas 10:30, contou com a presença de centenas de adeptos, familiares, amigos e várias figuras de relevo do desporto português.Tal como sucedera no dia anterior no velório, no Estádio do Dragão, a comoção voltou a dominar o ambiente. O plantel principal do FC Porto esteve presente no funeral e prestou homenagem ao dirigente com uma guarda de honra no momento da saída da urna, num gesto carregado de simbolismo e respeito.Entre os muitos rostos ligados ao futebol, o antigo médio Carlos Chaínho recordou com emoção a influência de Jorge Costa na sua carreira: “O Jorge faz parte da minha história. Foi um grande capitão, uma pessoa incrível, ajudou todos os que chegaram ao FC Porto. Na fase mais difícil para mim, dizia-me sempre para continuar a treinar, que ia conseguir. O Jorge faz parte de mim e da minha família. É um dia triste”.Também visivelmente comovidos estiveram vários antigos colegas de equipa, como Costinha e Marco Ferreira, que acompanharam em silêncio a saída da urna. O ex-treinador portista Sérgio Conceição e o antigo dirigente Luís Gonçalves também marcaram presença, tendo sido vistos a abandonar a zona frontal da igreja.A urna de Jorge Costa, coberta com uma bandeira do FC Porto, foi transportada no carro funerário acompanhada por uma fotografia do antigo central e duas braçadeiras — uma com as cores do clube e a menção à função de Delegado ao Jogo, que desempenhava, e outra, simbólica, com a bandeira portuguesa e o emblema portista.Em representação do Benfica estiveram presentes Nuno Magalhães, presidente da Mesa da Assembleia Geral da SAD, e o antigo jogador Shéu, face à impossibilidade da deslocação de Rui Costa, retido com a equipa em Nice.“Transmiti à família e ao presidente do FC Porto os nossos sentimentos e a impossibilidade do presidente do Benfica estar presente como era sua vontade. Jorge Costa era uma figura unânime, não apenas como jogador, mas como homem”, declarou Nuno Magalhães.À saída da igreja, António Tavares, presidente da Mesa da Assembleia Geral do FC Porto, reforçou a dimensão da perda: “É uma parte do FC Porto que nos deixa hoje. A perda do Jorge Costa é também uma perda significativa para o clube. O exemplo dele vai continuar a inspirar a equipa. Os campeões reagem sempre.”O dirigente portista sublinhou ainda que o antigo capitão “ajudou a construir o ADN do FC Porto” e destacou a presença de tantos adeptos e figuras do futebol como reflexo da sua grandeza.O funeral terminou com um forte aplauso e cânticos entoados pelos presentes, num último adeus marcado pela emoção e respeito profundo. Jorge Costa foi lembrado por todos como símbolo de liderança em campo e como ser humano íntegro fora dele, numa despedida sentida por todo o universo do futebol português.