Mundo do futebol unido no último adeus a Jorge Costa

Funeral do ex-capitão e diretor do FC Porto realizou-se esta quinta-feira, 7 de agosto.
Mundo do futebol unido no último adeus a Jorge Costa
ESTELA SILVA/LUSA
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Centenas de pessoas reuniram-se esta manhã na Igreja do Cristo Rei, no Porto, para prestar o derradeiro tributo a Jorge Costa, antigo capitão do FC Porto e da seleção nacional, que morreu na terça-feira, aos 53 anos.

A cerimónia fúnebre, que decorreu pelas 10:30, contou com a presença de centenas de adeptos, familiares, amigos e várias figuras de relevo do desporto português.

Tal como sucedera no dia anterior no velório, no Estádio do Dragão, a comoção voltou a dominar o ambiente. O plantel principal do FC Porto esteve presente no funeral e prestou homenagem ao dirigente com uma guarda de honra no momento da saída da urna, num gesto carregado de simbolismo e respeito.

Entre os muitos rostos ligados ao futebol, o antigo médio Carlos Chaínho recordou com emoção a influência de Jorge Costa na sua carreira: “O Jorge faz parte da minha história. Foi um grande capitão, uma pessoa incrível, ajudou todos os que chegaram ao FC Porto. Na fase mais difícil para mim, dizia-me sempre para continuar a treinar, que ia conseguir. O Jorge faz parte de mim e da minha família. É um dia triste”.

Também visivelmente comovidos estiveram vários antigos colegas de equipa, como Costinha e Marco Ferreira, que acompanharam em silêncio a saída da urna. O ex-treinador portista Sérgio Conceição e o antigo dirigente Luís Gonçalves também marcaram presença, tendo sido vistos a abandonar a zona frontal da igreja.

A urna de Jorge Costa, coberta com uma bandeira do FC Porto, foi transportada no carro funerário acompanhada por uma fotografia do antigo central e duas braçadeiras — uma com as cores do clube e a menção à função de Delegado ao Jogo, que desempenhava, e outra, simbólica, com a bandeira portuguesa e o emblema portista.

Em representação do Benfica estiveram presentes Nuno Magalhães, presidente da Mesa da Assembleia Geral da SAD, e o antigo jogador Shéu, face à impossibilidade da deslocação de Rui Costa, retido com a equipa em Nice.

“Transmiti à família e ao presidente do FC Porto os nossos sentimentos e a impossibilidade do presidente do Benfica estar presente como era sua vontade. Jorge Costa era uma figura unânime, não apenas como jogador, mas como homem”, declarou Nuno Magalhães.

À saída da igreja, António Tavares, presidente da Mesa da Assembleia Geral do FC Porto, reforçou a dimensão da perda: “É uma parte do FC Porto que nos deixa hoje. A perda do Jorge Costa é também uma perda significativa para o clube. O exemplo dele vai continuar a inspirar a equipa. Os campeões reagem sempre.”

O dirigente portista sublinhou ainda que o antigo capitão “ajudou a construir o ADN do FC Porto” e destacou a presença de tantos adeptos e figuras do futebol como reflexo da sua grandeza.

O funeral terminou com um forte aplauso e cânticos entoados pelos presentes, num último adeus marcado pela emoção e respeito profundo. Jorge Costa foi lembrado por todos como símbolo de liderança em campo e como ser humano íntegro fora dele, numa despedida sentida por todo o universo do futebol português.

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