Morreu Américo, histórico guarda-redes do FC Porto e um dos 'magriços'

"Parte um dragão de excelência, um ídolo de diversas gerações e um testemunho vivo de lealdade e perseverança no amor ao FC Porto", realça o clube.
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Américo Ferreira Lopes, "antiga lenda das balizas portistas", morreu esta sexta-feira, aos 90 anos, informou o FC Porto, em comunicado divulgado no site do clube.

"Era o último sobrevivente da equipa que venceu o "campeonato-Calabote", em 1958/59. Parte um Dragão de excelência, um ídolo de diversas gerações e um testemunho vivo de lealdade e perseverança no amor ao FC Porto, clube ao qual toda a vida esteve ligado e assim permanecerá, com certeza", lê-se na nota dos dragões.

Natural de Santa Maria de Lamas, no concelho de Santa Maria da Feira, Américo ingressou no FC Porto "pela porta da equipa de juniores e logo se destacou pela segurança com que defendia a baliza azul e branca".

Disputou o primeiro jogo oficial pelos azuis e brancos em dezembro de 1952, ano da inauguração do Estádio das Antas.

"Depois de um empréstimo ao Boavista e de ter cumprido serviço militar, Américo fixou-se nas Antas a partir de 1958/59 - ano em que realizou um jogo e sagrou-se campeão nacional - e tornou-se titular indiscutível a partir de 1961/62 e até 1968/69. Foi o tempo suficiente para se tornar uma lenda do clube", recorda o FC Porto, endereçando "os mais sentidos pêsames à família enlutada".

Américo "foi distinguido com a primeira edição do prémio Baliza de Prata, destinado ao melhor guarda-redes nacional, em 1964"

Com a camisola do FC Porto, conquistou uma edição da Liga portuguesa e outra da Taça de Portugal, tendo sido galardoado com o Troféu Pinga, em 1966, e com o Dragão de Ouro de recordação do ano, em 2017.

Foi internacional pela seleção nacional por 15 vezes, tendo feito parte da convocatória da equipa das quinas que "participou no Mundial de 1966, em Inglaterra", que contou com Eusébio, António Simões, Mário Coluna, José Augusto, entre outros. Equipa que ficou conhecida como os "magriços".

O clube recorda uma entrevista de Américo em 2017, ao Mais Futebol, na qual fala no amor ao FC Porto. "Olho para trás e sei que era bom", referiu, na altura. "Era corajoso, mergulhava aos pés dos avançados, metia a cabeça onde eles metiam as botas. Fui um dos melhores da minha geração, se calhar o melhor".

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