Miguel Oliveira falha apuramento direto para a Q2 do Grande Prémio de Portugal de MotoGP
FOTO: EPA/JOSE SENA GOULAO

Miguel Oliveira falha apuramento direto para a Q2 do Grande Prémio de Portugal de MotoGP

O piloto português ficou em 22.º e último lugar da sessão de treinos cronometrados.
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O português Miguel Oliveira (Yamaha) falhou esta sexta-feira, 7 de novembro, o apuramento direto para a segunda fase da qualificação para o Grande Prémio de Portugal de MotoGP, 21.ª e penúltima prova do ano, que se disputa até domingo em Portimão.

No Autódromo Internacional do Algarve (AIA), o piloto português foi 22.º e último classificado da sessão de treinos cronometrados da tarde de hoje, fechando a jornada a 1,907 segundos do mais rápido, o espanhol Alex Márquez (Ducati).

O já vice-campeão do mundo bateu o italiano Francesco Bagnaia (Ducati) por apenas 0,030 segundos, com o espanhol Pedro Acosta (KTM) em terceiro, a 0,088.

Ao terminar fora das 10 primeiras posições, Miguel Oliveira vai disputar a Q1, a primeira fase da sessão de qualificação, no sábado, que apura os dois melhores para a Q2, que se juntam aos 10 primeiros dos treinos cronometrados de hoje.

Alex Márquez, que já assegurou o segundo lugar do Mundial, atrás do seu irmão Marc, já campeão e ausente desta prova por lesão, foi o único a baixar do segundo ‘38’, ao cumprir a melhor volta em 01.37,974 minutos.

Durante a tarde foram caindo alguns aguaceiros, que afetaram as sessões de Moto3 e Moto2, disputadas anteriormente, que baixaram a temperatura do asfalto.

Isso acabou por interferir com o desempenho das Yamaha, que falharam todas a passagem direta à Q2, com o francês Fábio Quartararo no 14.º lugar, o australiano Jack Miller, que tinha sido terceiro nos treinos livres disputados de manhã, no 16.º e o espanhol Alex Rins no 18.º.

Nota para o 17.º lugar do italiano Niccolò Bulega (Ducati), vice-campeão mundial de Superbikes, substituto nesta ronda do lesionado Marc Márquez (Ducati), que já garantiu o sétimo título mundial da sua carreira desde o Grande Prémio do Japão.

Em Moto2, a chuva apareceu a cerca de 12 minutos do final da sessão e o espanhol Aaron Canet (Fantic) voltou a ser o mais rápido, tal como de manhã, batendo o britânico Jake Dixon (Marc VDS) por 0,192 segundos, com o espanhol Albert Arenas (Gresini) em terceiro, a 0,448.

Na categoria de Moto3, o espanhol David Almansa (Leopard) foi o mais rápido, deixando na segunda posição o japonês Tayio Furusato (Honda), a 0,135 segundos, com o espanhol Máximo Quiles (Gaviota) em terceiro, a 0,239.

No sábado disputam-se as sessões de qualificação de todas as categorias, e a corrida sprint de MotoGP.

“As perspetivas eram outras”

Miguel Oliveira admitiu que tinha em mente outras perspetivas para o primeiro dia do Grande Prémio de Portugal, durante o qual sentiu dificuldades de aderência na moto, mas só pensa em “melhorar muito”.

“A pista melhorou ligeiramente para a tarde, mas rompemos a tração muito rápido, rompemos o grip e é muito difícil recuperar mesmo levantando a moto e cortando um bocadinho de gás. Não estávamos à espera e as perspetivas aqui eram outras. A moto tem funcionado bem em circuitos não semelhantes a este, mas com níveis baixos de grip e pensámos que aqui podia ser uma dessas pistas”, explicou Oliveira, após ter falhado o apuramento direto.

Por isso, apontou para uma “abordagem diferente para sábado, tanto a nível de eletrónica como a nível de setup [configuração]”, na esperança de “poder melhorar muito”.

“A Q1 é das sessões mais difíceis todo o fim de semana. Mesmo com um tempo competitivo, é atirar a moeda ao ar e ver o que podemos fazer. Eu acredito em melhorar muito, mas não sei se isso vai ser suficiente para passar ou não”, expressou.

Com um arranque aquém do desejado perante do seu público, em Portimão, Oliveira ficaria satisfeito se constar “entre a quinta e sexta fila da grelha” de partida da 21.ª e penúltima prova do ano.

“Realisticamente, aquilo que temos feito tem sido sempre entre a quinta e sexta fila da grelha. Visto como começamos o fim de semana, repetir isso ou melhor já é muito bom. A esperança é que amanhã [sábado] possamos reduzir a diferença e sobretudo melhorar o ritmo”, desejou.

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