Fórmula 1. Mercedes protesta classificação do GP de Abu Dhabi
A escuderia alemã alega que houve uma ultrapassagem de Verstappen a Hamilton quando não era permitido devido à presença do safety car. Classificações estão suspensas.
A escuderia Mercedes protestou este domingo a classificação do Grande Prémio de Abu Dhabi de Fórmula 1, última prova da temporada, cuja vitória deu o título de pilotos ao holandês Max Verstappen (Red Bull).
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De acordo com informação da própria Fórmula 1, a equipa alemã alega a quebra dos artigos 48.8 e 48.12 do Regulamento Desportivo da Federação Internacional do Automóvel (FIA).
Em causa, uma alegada ultrapassagem de Verstappen ao carro do britânico Lewis Hamilton (Mercedes) enquanto a corrida estava em situação de safety car, o que impede ultrapassagens, mas também a ordem contraditória da direção de corrida sobre o que fazer com os pilotos dobrados.
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Inicialmente, a mensagem era para não se alterarem as posições em pista para, depois, dar ordem aos pilotos dobrados para recuperarem a volta de atraso face ao líder e permitir, assim, que Lewis Hamilton e Max Verstappen se reagrupassem em pista a uma volta do final da prova. Desta forma, as classificações da corrida e do campeonato, estão suspensas.
Max Verstappen aliviado por ter tido "finalmente um pouco de sorte"
Indiferente a esta polémica parece estar Verstappen que ficou sem palavras depois de ter conquistado o primeiro título mundial de Fórmula 1 da sua carreira, considerando que "finalmente" teve "um pouco de sorte" que lhe permitiu ultrapassar o britânico Lewis Hamilton na última volta.
"Durante toda a corrida continuei a lutar. Não sei o que dizer. É incrível. É insano. Este ano foi incrível. Finalmente um pouco de sorte para mim", frisou o piloto holandês, após cortar a meta da última corrida da temporada, em que conquistou a 10.ª vitória da temporada, 20.ª da sua carreira.
Verstappen deixou ainda uma palavra de agradecimento ao companheiro de equipa, o mexicano Sergio Perez, pelo trabalho realizado ao longo da corrida. "Fez um trabalho incrível e é um grande companheiro de equipa", sublinhou.
O novo campeão mundial exultou com o trabalho da escuderia Red Bull, mostrando-se disponível para continuar por largos anos. "A minha equipa sabe que os adoro e que podemos continuar a fazer isto por mais dez ou 15 anos. Não há razões para mudar", disse, já depois de um cordial abraço de Lewis Hamilton.
Por sua vez, o britânico deu os parabéns "a Max e à sua equipa" e enalteceu a recuperação feita pela Mercedes na segunda metade do campeonato. "Fizemos um trabalho incrível este ano. Todo este ano foi o mais difícil. Demos tudo. Esta última parte da época demos tudo, nunca desistimos", destacou.
O piloto britânico, que perdeu a possibilidade de conquistar um inédito oitavo título, disse sentir-se "bem no carro, especialmente nos últimos dois meses", esperando poder responder já em 2022. "Vamos ver no próximo ano", em que há mudança de regulamentos técnicos, concluiu.