Fernando Pimenta, Teresa Portela, Francisca Laia e Messias Baptista formaram a comitiva nacional nos Mundiais. Todos voltaram para casa com medalhas. -- Foto: Federação Portuguesa de Canoagem
Fernando Pimenta, Teresa Portela, Francisca Laia e Messias Baptista formaram a comitiva nacional nos Mundiais. Todos voltaram para casa com medalhas. -- Foto: Federação Portuguesa de Canoagem

Medalhas para todos. Messias soma novo ouro e Pimenta dá prova de força

Depois da desilusão nos Jogos de Paris 2024, Portugal sai dos Mundiais de canoagem no Uzbequistão com imagem reforçada e seis pódios.
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Os Mundiais de velocidade de distâncias não olímpicas, no Uzbequistão, voltaram a projetar a canoagem portuguesa no panorama internacional da modalidade após a desilusão nos Jogos de Paris2024, que terminaram sem medalhas nacionais. Desta vez, em Samarcanda, tudo foi diferente e Portugal saiu da competição com seis medalhas (duas de ouro, três de prata e uma de bronze). O saldo permitiu à comitiva portuguesa – formada por Fernando Pimenta, Messias Baptista, Teresa Portela e Francisca Laia – terminar a competição no terceiro lugar do medalheiro, atrás dos atletas a competirem sob bandeira neutral (16 medalhas) e da Hungria, uma das principais potências da modalidade (7 medalhas). 

O maior destaque da participação nacional vai para Messias Baptista, que arrecadou dois títulos mundiais. O canoísta de Vila do Conde, que representa o Benfica, conquistou ontem o ouro em K1 200 metros, depois de ter conseguido o mesmo feito no sábado em dupla com Teresa Portela (K2 500m). Messias, 25 anos, que em 2023 já tinha sido campeão do mundo em Duisburgo, na Alemanha, com João Ribeiro em K2 500, ajudou ainda Portugal a atingir o 3.º lugar do pódio em K4 500m mistos, ao lado de Pimenta, Portela e Laia. 

Três foi também o número de medalhas que Fernando Pimenta e Teresa Portela trouxeram para casa. O mais titulado canoísta português, que tem no currículo duas medalhas olímpicas – prata em Londres2012, em K2 1000m (com Emanuel Silva) e bronze em Tóquio2020 em K1 1000m – teve um dia intenso, que começou com a prata em K1 500m (melhorou o desempenho em relação ao ano passado, quando foi terceiro nos Mundiais de Duisburgo), ficando apenas atrás do checo Josef Dostal, que há duas semanas se sagrou campeão olímpico em K1 1000m.

Logo depois, Pimenta conquistou a medalha de bronze em K4 500m mistos e, a fechar a prestação, somou nova prata em K1 5000m, repetindo a classificação de 2023 e perdendo o ouro para o mesmo adversário da altura, o dinamarquês Mads Brendt Pedersen, agora bicampeão do mundo. 

Aos 35 anos, o atleta de Ponte de Lima (que não fecha a porta a estar presente nos Jogos de Los Angeles, em 2028) deu no Uzbequistão uma nova demonstração de força física e anímica, regressando rapidamente e com competência – apenas 15 dias depois do 6.º lugar no K1 1000m em Paris2024 – ao nível a que habituou o mundo da canoagem e que é sinónimo de sucesso: Pimenta soma agora 148 medalhas internacionais, 25 delas em Mundiais.

Já Teresa Portela, após o ouro no sábado em K2 500m mistos, começou o dia a formar dupla com Francisca Laia na competição de K2 200m, cumprindo a distância em 37,420 segundos, o que lhes valeu o 2.º lugar atrás da russas Anastasiia Dolgova e Svetlana Chernigovskaya (que competiram sob bandeira neutra). Portela e Laia voltariam a entrar em ação no K4 500m mistos (uma estreia nesta competição de distâncias não olímpicas) para somarem a medalha de bronze, numa prova ganha por um quarteto biolorruso (também a competirem como atletas neutros).

Ou seja: Portugal apresentou-se nos Mundiais do Uzbequistão com quatro canoístas e todos voltaram para cada com medalhas. O resultado de “excelência” foi reconhecido por Marcelo Rebelo de Sousa através de uma nota publicada no site da Presidência da República, onde se pode ler que s desempenhos nacionais no Uzbequistão são “uma prova constante do mérito da canoagem nacional”.

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