Maratona de Lisboa com fé no recorde e muitos estrangeiros
Cerca de 5800 atletas - 4300 serão estrangeiros, oriundos de 69 países - irão correr, no dia 2 de outubro, a Maratona de Lisboa, a prova tem um dos trajetos mais bonitos do mundo, segundo o responsável pela organização da prova. "O trajeto não é o mais bonito do mundo, não quero exagerar, mas é, provavelmente, um dos mais bonitos do mundo. Um trajeto belíssimo, com história, e daqueles que sabem receber, que somos nós, os portugueses", disse, ontem, Carlos Móia, da organização da prova.
Na quarta edição da Maratona de Lisboa, o queniano Samuel Kiplimo Kosgei, ex-recordista mundial dos 25 quilómetros, será um dos candidatos a vencer a prova lusa, bem como o compatriota Alfred Kering.
Já o etíope Yacob Jarso, quarto classificado nos 3000 metros obstáculos nos Jogos Olímpicos de Pequim 2008, e o eritreu Yared Asmeron, que conseguiu o quarto posto na maratona dos Mundiais de 2007, serão outros dois atletas a lutar pela vitória em Lisboa, que tem o recorde estabelecido em 2:08:21.
"Contamos com vários atletas com marcas inferiores, por isso o recorde poderá ser batido, mas também depende de vários outros fatores, como as condições atmosféricas", explicou Carlos Móia, que mantém a esperança no recorde mundial.
"Vêm nove atletas com menos de 2h09 horas. Vêm dois atletas com 2h06, dois atletas com 2h07 e vários com 2h08. Nas mulheres, o nosso tempo é 2h25. Vem uma com 2h24 e outra com 2h23", revelou, lembrando, no entanto, que "tudo depende do dia, das condições atmosféricas, mas esperamos que se possa bater o recorde".
A prova voltará a fazer parte do circuito rock'n'roll, contando, por isso, com a animação de 21 bandas ao longo do percurso, entre a vila de Cascais e o Parque das Nações em Lisboa, com oportunidade de passar pela Ponte Vasco da Gama. "Vai ser muito animado, com 21 bandas ao longo do percurso. Este trajeto Cascais-Lisboa é um trajeto lindo, com grande beleza e histórico", realçou o homem forte da organização da Maratona de Lisboa.
Já o presidente da Câmara Municipal de Oeiras, Paulo Vinhas, lembrou a importância e a visibilidade que a prova oferece à cidade de Lisboa, sem esquecer o trabalho e a cooperação entre as entidades envolvidas: "Sei perfeitamente aquilo que é a vontade, a determinação, a partilha, o envolvimento e a proximidade para organizar estes eventos, que são de dimensão internacional. Esta prova dá a conhecer este trajeto e a cidade de Lisboa, que não se restringe à área territorial de Lisboa. Temos planeado, em conjunto, que juntos somos capazes de fazer mais e melhor."
E o vereador do Desporto da Câmara de Lisboa, Jorge Máximo reiterou a "necessidade de mobilizar pessoas para as ruas para apoiar a corrida e os atletas".