Ligas europeias insurgem-se contra reformas que beneficiam países poderosos

Espanha, Inglaterra, Alemanha e Itália vão ter quatro lugares garantidos na Liga dos Campeões
Publicado a
Atualizado a

A Associação das Ligas Europeias de Futebol Profissional (EPFL) considerou hoje "inaceitável" o processo que levou à reforma da Liga dos Campeões e ameaçou programar jogos para a mesma altura das competições da UEFA.

"Grandes mudanças foram anunciadas sem o apoio e consenso dos organizadores das ligas nacionais da Europa. Esta decisão terá um impacto negativo nos campeonatos nacionais e vai criar crescente fosso desportivo e financeiro entre os maiores clubes da Europa e os restantes", justifica o organismo.

Em causa, a decisão tomada no fim de agosto, que entre 2018 e 2021 a Espanha, Inglaterra, Alemanha e Itália vão ter quatro lugares garantidos na Liga dos Campeões, a mais prestigiada e bem remunerada competição de clubes na Europa.

Face ao exposto, a EPFL espera que o futuro presidente da UEFA, que será eleito quarta-feira em Atenas, possa "reconsiderar a reforma".

O presidente da federação da Eslovénia, Aleksander Ceferin, um dos dois candidatos a votos, já manifestou resignação quanto às alterações.

"Se for eleito, não posso mudar isso. Para os clubes mais pequenos, como os da Eslovénia, não é uma coisa boa", admitiu, enquanto o outro candidato, o seu homólogo holandês Michael van Praag, ainda não se manifestou sobre a mesma.

O presidente da Liga francesa também já realçou a sua "tristeza" pela decisão, considerando-a "precipitada", além de ter apanhado "todo o mundo de surpresa".

"É um verdadeiro escândalo sob a forma e substância. Uma catástrofe", completou.

O futuro presidente da UEFA será eleito por cada uma das 55 federações, num Congresso Extraordinário marcado para 14 de setembro, em Atenas.

Artigos Relacionados

No stories found.
Diário de Notícias
www.dn.pt