Lage processa John Textor em 7 milhões de euros por não ter sido escolhido para treinar Crystal Palace ou Lyon

Lage processa John Textor em 7 milhões de euros por não ter sido escolhido para treinar Crystal Palace ou Lyon

Em causa uma cláusula do contrato que uniu o treinador português ao Botafogo entre julho e outubro de 2023 e que cobria o período entre 1 de janeiro e 15 de abril do ano passado.
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Bruno Lage deu entrada com um processo no Supremo Tribunal inglês contra John Textor, exigindo sete milhões de euros por não ter sido escolhido para comandar o Lyon ou o Crystal Palace, algo que estaria previsto no contrato que o atual treinador do Benfica assinou pelo Botafogo em 2023.

A notícia é avançada esta sexta-feira pelo The Telegraph.

Refira-se que John Textor é proprietário de Botafogo, Lyon e Crystal Palace.

Em causa uma cláusula do referido contrato e que cobria o período entre 1 de janeiro e 15 de abril do ano passado.

Documentos citados pelo jornal inglês alegam que um "acordo de retenção" assinado por John Textor indicava que qualquer oferta de emprego a Bruno Lage incluiria um contrato mínimo de dois anos e um salário de 3,6 milhões de dólares (3,19 milhões de euros) líquidos por ano para o total da equipa técnica.

O contrato, "juridicamente vinculativo", estabelecia que a Eagle Football Holdings, de Textor, pagaria cerca de seis milhões de libras (sete milhões de euros) a Bruno Lage até 29 de abril do ano passado caso não conseguisse que Crystal Palace ou Lyon apresentassem uma proposta semelhante ao treinador português durante o período acordado.

O processo também alega que o acordo incluía uma cláusula que obrigaria Lage a pagar a Textor 3,6 milhões de dólares (3,19 milhões de euros) se o técnico luso assumisse um cargo que não nesses dois clubes durante esse período.

Após ter sido despedido pelo Botafogo em outubro de 2023, Lage ficou desempregado durante o "período de restrição" e só assumiu o comando técnico do Benfica em setembro do ano passado, após a saída de Roger Schmidt.

Entretanto, a Eagle Football Holdings, já emitiu um comunicado e fala numa questão de "interpretação". "A Eagle Football tem conhecimento de uma ação judicial apresentada contra si em nome de Bruno Silva do Nascimento (conhecido como ‘Bruno Lage’). A ação está relacionada com um litígio sobre a interpretação correta de um acordo histórico entre a Eagle e o Sr. Lage. A Eagle considera que o Sr. Lage não tem direito contratual aos montantes reclamados em seu nome. Por conseguinte, a Eagle defenderá vigorosamente a ação e procurará recuperar os seus custos junto do Sr. Lage", pode ler-se.

"A Eagle Football regista que a reclamação de Bruno Lage se refere a uma alegada falta de oferta de emprego num dos clubes do grupo. A Eagle Football considera curioso que Bruno Lage se sinta lesado por este facto, uma vez que, como foi amplamente noticiado, abandonou efetivamente um dos clubes da Eagle Football, o Botafogo", acrescenta a nota.

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