José Manuel Constantino já tomou posse
José Manuel Constantino considerou esta sexta-feira que a sua reeleição como presidente do Comité Olímpico de Portugal (COP) representa "um importante reconhecimento" do trabalho realizado no mandato anterior.
"Tratando-se de uma reeleição, representa um importante reconhecimento do trabalho desenvolvido ao longo do quadriénio anterior e um forte incentivo para a equipa que tenho a honra de presidir e que hoje inicia funções", disse, no discurso de tomada de posse dos órgãos sociais do COP para o ciclo 2017/2021, no Centro Cultural de Belém, em Lisboa.
José Manuel Constantino assumiu que os desafios que o COP irá enfrentar rumo aos Jogos Olímpicos de Tóquio, em 2020, serão "particularmente exigentes" e configuram uma "enorme responsabilidade" para a Comissão Executiva eleita, uma vez que ao longo do seu primeiro mandato as expectativas e o grau de exigência cresceram.
"É esse grau de exigência que nos obriga a procurar soluções que nos tornem mais competitivos em termos internacionais e nos retirem dos indicadores desportivos que colocam o país na cauda do pelotão europeu", prosseguiu.
Para o presidente reeleito, valorizar socialmente o desporto deve significar, antes de tudo, elevar o padrão da qualidade de reflexão que é produzida sobre as questões desportivas, sem abdicar, no entanto, de pensar a longo prazo, em detrimento de viver apenas no presente. "A pressa é inimiga do sucesso", pontuou.
"Não deve, por isso, o COP cair na armadilha de que pode tudo, de que é omnipresente para todos os problemas do sistema desportivo. Não deve também ceder ao tecnocratismo que só valoriza o que é mensurável e nele o que corresponde a resultados desportivos medalhados", defendeu, reconhecendo, contudo, que a entidade não pode ignorar ou desvalorizar as expectativas dos portugueses sobre as representações olímpicas.
O dirigente olímpico, que destacou a necessidade de dialogar em permanência com as federações desportivas, admitiu que o COP tem de ser capaz de incutir nas suas organizações "a cultura da competitividade, da superação, do trabalho por objetivos e a excelência que se exige aos atletas, treinadores e oficiais que representam o país ao mais alto nível".
"Não é possível ao país desenvolver-se desportivamente sem o contributo de todos os que operam no sistema desportivo e será muito difícil se mantivermos face aos problemas que surjam um afastamento na relação com os nossos atletas. Precisamos de uma maior proximidade na relação com os atletas, porque a cadeia de valor que o desporto constrói tem os atletas como a sua razão primeira", argumentou.
José Manuel Constantino dirigiu ainda palavras de agradecimento ao Presidente da República, considerando que a presença de Marcelo Rebelo de Sousa na tomada de posse dos órgãos sociais do COP distingue o olimpismo nacional e valoriza o desporto e os seus agentes.
"Uma presença que, mais do que testemunhar um ato de tomada de posse, rende homenagem a todos aqueles que ao longo dos tempos, no espaço olímpico, projetaram o país a patamares de excelência, elevando a bandeira e os símbolos nacionais ao mais alto nível", salientou.
O presidente do COP lembrou ainda o telefonema que recebeu da parte do Presidente da República imediatamente a seguir aos Jogos Olímpicos Rio2016 e as palavras de apoio e incentivo que lhe foram endereçados, "num momento de desânimo".
"Hoje, a sua presença entre nós é a continuação duma atitude de atenção, proximidade e de envolvimento que recebemos com muita honra e satisfação", concluiu.
Na cerimónia estiveram presentes, entre outras individualidades institucionais, o presidente da Assembleia da República, Ferro Rodrigues, o ministro da Educação, Tiago Brandão Rodrigues, e o secretário de Estado da Juventude e Desporto, João Paulo Rebelo.