João Sousa espera "inverter série menos boa" em Wimbledon
O tenista português com melhor resultado de sempre em Londres (oitavos de final em 2019) reconhece que se prepara para iniciar "um torneio muito especial".
O tenista português João Sousa prepara-se para, uma vez mais, disputar Wimbledon, um "torneio muito especial", na relva do All England Club, onde espera "inverter a série menos boa", registada desde a final do ATP 250 de Genebra.
Relacionados
João Sousa é o único jogador português com acesso ao quadro de singulares do terceiro torneio do Grand Slam da temporada e, pela oitava vez, vai ter "o privilégio de poder participar no torneio mais conceituado do mundo". "É um torneio muito especial, com muita história, e poder jogar mais um ano é sempre muito especial para mim", aponta o vimaranense, que ocupa o 59.º lugar no ranking ATP, em declarações à agência Lusa.
O número um português atingiu os oitavos de final do major londrino em 2019, mas, desde então, viveu tempos difíceis, com uma fratura de esforço no pé esquerdo e, mais tarde, uma tendinite no antebraço direito, tardando em recuperar a melhor forma física e os bons resultados, que só surgiram este ano.
Subscreva as newsletters Diário de Notícias e receba as informações em primeira mão.
Sousa, de 33 anos, venceu o ATP 250 de Pune, em fevereiro, e em vésperas de Roland Garros, segundo major da época, perdeu a final do ATP 250 de Genebra frente ao norueguês Casper Ruud, que viria a sagrar-se vice-campeão na terra batida de Paris. Desde que ultrapassou Tseng Chun-hsin, da China Taipé, na abertura do torneio francês, o tenista português não ganhou mais nenhum encontro, tendo perdido com o moldavo Radu Albot na jornada inaugural do ATP 250 de Estugarda e na primeira ronda do qualifying do ATP 500 de Halle.
Repetir a história de 2019
"Os campos no All England Club são ótimos e a verdade é que as sensações têm sido boas nos treinos. Infelizmente, nas últimas semanas, não houve muitas vitórias, no entanto tenho treinado bem e espero inverter essa série menos boa", sublinha o tenista que em 2019 alcançou o melhor resultado de sempre de um português em Wimbledon, quando caiu diante do espanhol Rafael Nadal nos oitavos-de-final, com um triplo 6-2, depois de ter deixado pelo caminho Martin Cilic e Daniel Evens. Curiosamente a história pode repetir-se este ano, pois o sorteio do calendário ditou que poderá reencontrar Cilic na segunda ronda e, se tudo correr bem, terá Nadal à sua espera nos oitavos-de-final...
Mas o caminho ainda é longo e o primeiro teste de Sousa em Londres, onde participará pela 44.ª vez em torneios do Grand Slam, será com o experiente tenista francês Richard Gasquet, de 36 anos, que ocupa o 69.º lugar na tabela mundial, e que foi semifinalista de Wimbledon em 2007. "É um adversário que conheço bem, gosta de jogar nesta superfície, já fez bons resultados aqui e, portanto, vai ser naturalmente um encontro difícil. Mas vou preparar-me da melhor maneira para fazer um grande encontro e tentar vencer", defendeu João Sousa, que bateu Gasquet nas meias-finais de Genebra, em maio.
Além da prova de singulares, o vimaranense vai competir na vertente de pares na companhia do australiano Jordan Thompson, sendo que o primeiro desafio será com a dupla formada pelo holandês Matwe Middelkoop e Luke Saville, da Austrália.
O torneio de pares contará ainda com a presença de mais dois representantes portugueses, Francisco Cabral (66.º de pares) e Nuno Borges (88.º), campeões do Estoril Open, que vão fazer a estreia como dupla no Grand Slam diante de Treat Huey (112.º) e Franko Skugor (186.º).