João Pereira sob pressão na Bélgica? “A vida nunca foi fácil para mim”
FOTO: RUI MINDERICO/LUSA

João Pereira sob pressão na Bélgica? “A vida nunca foi fácil para mim”

Os leões jogam esta terça-feira para a Liga dos Campeões com o Club Brugge, na Bélgica, país onde nunca venceu. O treinador acredita que “o futuro será melhor” e que no clube "ninguém é abandonado".
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O Sporting está obrigado a quebrar o jejum de vitórias na Bélgica para acabar com a série de três derrotas consecutivas e, consequentemente, aliviar a pressão a que está sujeito o treinador João Pereira. À partida de Lisboa, Frederico Varandas, presidente dos leões, garantiu que existe comunicação permanente “entre estrutura, treinador e jogadores” e deixou um recado: “Sabem quando é que o Sporting será gerido de fora para dentro? Nunca.”

Certo é que o futuro de João Pereira, tal como o DN adiantou na edição de sábado, está dependente dos resultados com o Club Brugge, esta terça-feira (20.00, SportTV5), a contar para a 6.ª jornada da Liga dos Campeões, e do jogo de sábado com o Boavista, da 14.ª jornada da I Liga. O técnico leonino defendeu-se esta segunda-feira, já na Bélgica, dos críticos, considerando que no jogo com o Moreirense o Sporting “pode não ter jogado o melhor futebol, mas não fez nada que levasse à derrota”, garantindo que esta terça-feira à noite a equipa vai “lutar pela vitória” para garantir desde já o playoff da Champions. 

“Vou até ao fim”, garantiu o técnico quando questionado sobre até quando irá aguentar a pressão a que está sujeito na sequência das três derrotas consecutivas. “Para mim, a vida nunca foi fácil. Se não aguentasse a pressão não estava aqui”, disse, recordando a carreira “simpática” que teve enquanto futebolista e o facto de terem depositado esperança no seu talento como treinador. “Dizia-se, ‘se calhar já temos a pessoa certa para o lugar’”, lembrou João Pereira, para de imediato disparar: “Agora a pessoa já não presta. É normal haver críticas e dúvidas, eu é que não posso ter dúvidas. E não tenho.”

João Pereira admitiu que “há apreensão” em redor do seu trabalho depois das três derrotas seguidas, mas deixou uma garantia:  “O importante e o que toda a gente sente é que estamos todos juntos e ninguém é abandonado.” Nesse sentido, disse estar “confiante” de que o Sporting irá “fazer um bom jogo” com o Brugge e que “o futuro será melhor”. Ainda assim, assegurou que, “nunca” será um problema para o clube.

O treinador leonino negou ainda ter existido uma discussão no balneário após o jogo com o Moreirense. “Existiu só tristeza e deceção pelo momento e pela derrota. Não houve nada de mais”, sublinhou, garantindo no entanto que os seus jogadores “estão confiantes e sabem que podem dar a volta”, acrescentando que para isso é preciso que eles entrem em campo “confiantes, concentrados, alerta para aquilo que têm de fazer”. 

Além da falta de vitórias, o Sporting não vai poder contar na Bélgica com Daniel Bragança, Morita e Pedro Gonçalves, que estão lesionados, pelo que para o meio-campo tem apenas o capitão Hjulmand, algo que não inibe o treinador, que admite até apostar num dos jogadores da equipa B que levou para a Bélgica – João Simões, Mauro Couto, Henrique Arreiol e Alexandre Brito. “Conheço-os perfeitamente e tenho plena confiança neles. Trabalham bem, principalmente o João Simões, que está há algum tempo na equipa principal”, sublinhou, admitindo ainda que a opção pode ser “uma adaptação” para jogar ao lado de Hjulmand.

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