João Félix à procura de nova vida num Chelsea com 41 jogadores
João Félix tornou-se esta quarta-feira no 41.º jogador do plantel do Chelsea 2024/25. O internacional português de 24 anos regressa assim a um clube que representou há duas época por empréstimo do Atlético de Madrid, sendo que, desta vez, assinou contrato válido até 2031. O adeus a Espanha deu-se a troco de 52 milhões de euros, com o avançado a dizer que esta foi “uma oportunidade de encontrar uma casa”, após de dois anos cedido, primeiro ao Chelsea e depois ao Barcelona. “Precisava de fixar-me num clube e este é um local perfeito para eu brilhar”, garantiu o novo número 14 dos blues, lembrando que adorou a primeira passagem pelo clube.
No momento de abrir uma nova porta na sua carreira, João Félix disse ter crescido “na perceção do jogo, nos espaços onde a bola pode chegar facilmente” e ainda as zonas do terreno onde pode “provocar mais impacto”. “Sinto-me mais preparado para a Premier League”, resumiu o avançado.
O treinador dos blues é agora o italiano Enzo Maresca que deixou bem claro que olha para João Félix como “um talento”, que “pode jogar em diferentes posições: como médio ofensivo, como nove ou como extremo”. E, nesse sentido, segundo o técnico, será compatível com outro português do plantel, o extremo Pedro Neto, recentemente contratado ao Wolverhampton por 60 milhões de euros. “Temos muitos jogos... o Pedro pode jogar na ala direita ou esquerda”, frisou.
Refira-se que o terceiro português do Chelsea é o médio Renato Veiga, contratado ao Basileia por 14 milhões de euros. Ou seja, só em jogadores nascidos em Portugal, o clube londrino investiu para esta época 126 milhões de euros, que representa uma gota num oceano de dinheiro, afinal nos 41 futebolistas que neste momento fazem parte do grupo de trabalho de Maresca foram investidos mais de 1435 milhões de euros.
A longa lista de jogadores do Chelsea tem sido motivo de diversas críticas em Inglaterra, sendo que Jamie Carragher, antigo internacional inglês e comentador da estação de televisão Sky Sports lançou por estes dias uma questão pertinente: “Estavam a perguntar onde é que o João Félix vai jogar, mas eu pergunto: onde é que ele vai equipar-se? Se tens 40 jogadores, como é que eles vão estar todos no mesmo balneário? Como é que organizas um treino?”
Este início de época não está a ser fácil em Stamford Bridge e a derrota em casa frente ao Manchester City (0-2), na estreia na Premier League, fez aumentar ainda mais as dúvidas, sendo que esta quinta-feira (20.00 horas) o Chelsea recebe os suíços do Servette no play-off de acesso à Liga Conferência, partida antes da qual Enzo Maresca tentou colocar alguns pontos nos is. “Eu não estou a trabalhar com 42 ou 43 jogadores porque mais do que 15 deles estão a treinar-se à parte”, argumentou, admitindo que dois deles são os internacionais ingleses Ben Chilwell e Raheem Sterling. Sobre este último surgiram notícias de um choque brutal entre ambos: “Brutal? Nada disso, pois falei com ele antes do jogo com o City e disse-lhe que teria dificuldade em ter minutos na minha equipa e que é por essa razão que não conto com ele.” O extremo foi contratado em 2022 como uma grande estrela vinda do Manchester City, por 56,2 milhões de euros, sendo que agora está à procura de um novo clube para continuar a carreira.
Além dele, há pelo menos mais 15 atletas na porta de saída a pouco mais de uma semana do fecho do mercado. Uma anormalidade na história do futebol mundial, como provam os seis guarda-redes sob contrato com o Chelsea...