Já há duas mulheres na Volvo Ocean Race
A notícia foi avançada hoje pela própria organização desta regata de volta ao mundo. Brouwer - holandesa, de 43 anos, que fala português por ter vivido no Brasil e em Portugal - já tinha feito a última edição da Volvo Ocean Race (2014-2015), a bordo do Team SCA, uma equipa exclusivamente feminina.
A velejadora destacou-se pela rapidez que imprimiu ao veleiro de 65 pés nas regatas costeiras da prova (uma em cada porto de paragem). Nessas dez in port races, o Team SCA ganhou duas (uma no Abu Dhabi e outra em Aukland, Nova Zelândia).
Nas nove etapas oceânicas, o Team SCA só ganhou uma (que ligou Lisboa a Lorient, na França), ficando na classificação geral em sexto e penúltimo lugar.
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Em Marie Riou, francesa de 35 anos, o que se destaca é o percurso na vela olímpica - fez duas edições dos jogos, incluindo Rio 2016 - e foi quatro vezes campeã mundial na classe Nacra 17, um catamarã de cerca de 5,5 metros obrigatoriamente tripulado por um homem e uma mulher.
A escolha das duas mulheres para a tripulação capitaneada pelo francês Charles Caudrellier resulta já de das novas regras impostas pelo novo CEO da Volvo Ocean Race, o britânico Mark Turner, incentivando a constituição de equipas mistas e a participação de mais mulheres na prova.
Uma das regras criadas determina que um barco exclusivamente masculino não pode ter mais de sete velejadores a bordo, número muito curto para as exigências de um barco como o VOR65, sobretudo em etapas oceânicas longas.
Num barco com duas mulheres a bordo, o número total de velejadores pode ser de nove. Nma equipa exclusivamente feminina esse número pode ser de onze.
Até ao momento, só há três equipas oficialmente anunciadas: além do Donfeng, também o Team Mapfre (equipa espanhola) e o Team AkzoNobel (holandeses). Nem os espanhós nem os holandeses anunciaram a contratação de mulheres para a tripulação.