Sindicato revela: " Há jogadores que querem sair"
Joaquim Evangelista, presidente do Sindicato de Jogadores, revelou que "há vários jogadores a querer sair do Sporting" e já contactaram o Sindicato de Jogadores para saber em que condições podiam avançar para rescisão unilateral do contrato.
O Sindicato já condenou os acontecimentos desta terça-feira, quando um grupo de cerca de 50 adeptos invadiram a Academia, em Alcochete, e terão agredido alguns jogadores e Jorge Jesus. "Os jogadores estão inseguros e convencidos que não têm condições para exercer a sua profissão", disse, deixando no ar a possibilidade de o plantel não treinar na quarta-feira.
Joaquim Evangelista já falou com os jogadores, depois dos acontecimentos e que estes estavam "muito, muito abalados".
Entretanto o Sindicato já emitiu um comunicado
"O Sindicato dos Jogadores vem manifestar a mais profunda condenação pelos atos de violência contra jogadores e equipa técnica do Sporting CP, durante a tarde desta terça-feira.
É absolutamente inaceitável que um grupo organizado tenha conseguido entrar na Academia Sporting, em Alcochete, e ofendido a integridade física e moral dos jogadores, no seu local de trabalho.
Lamenta-se que o clube, ao invés de procurar resolver internamente os problemas que surgiram durante a época, tenha tido um conjunto de manifestações públicas relativas aos jogadores e ao seu profissionalismo que, infelizmente, culminaram neste episódio.
O Sindicato tem acompanhado os jogadores ao longo de uma época desportiva particularmente difícil, apelando ao diálogo, ao consenso e à tolerância, sendo que a preparação desta final da Taça de Portugal estava, apesar de tudo, a ser encarada pelo plantel com otimismo e confiança para responder dentro de campo e dar uma alegria aos sócios e adeptos do clube.
Esta situação apenas serve para destabilizar e afetar a confiança destes profissionais a que o Sindicato não deixará de prestar todo o apoio de que necessitem.
Apela-se, ainda, às autoridades para que realizem com celeridade todas as diligências necessárias à identificação dos agressores, que não têm lugar no futebol e não podem de forma alguma sair impunes."