Inglaterra testa fórmula de sucesso de 2018 e 2020
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Inglaterra testa fórmula de sucesso de 2018 e 2020

Southgate pondera voltar aos três centrais, que já o ajudou a atingir as meias-finais de um Mundial e a final do último Europeu.
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A Inglaterra ainda não convenceu neste Campeonato da Europa, mas a verdade é que está nos quartos de final e tem tantas hipóteses de ganhar o troféu como qualquer uma das seleções ainda em prova. Para fazer face ao bloqueio exibicional, o selecionador Gareth Southgate tem testado a fórmula que levou os ingleses às meias-finais do Mundial 2018 e à final do Euro 2020, um sistema com três centrais, embora não tivesse garantido que vai promover essa alteração tática. “Estamos sempre a considerar a melhor forma de abordar um jogo”, limitou-se a dizer.

O sistema utilizado até agora, um 4x2x3x1, tem tido no lado esquerdo um dos seus pontos fracos, pois o lateral Kieran Trippier é destro e não tem conseguido contribuir ofensivamente e o extremo Phil Foden está mais habituado a percorrer os corredores central e direito, pois foi a partir dessas zonas que brilhou no Manchester City ao ponto de ter sido eleito melhor jogador da Premier League.

A confirmar-se o regresso ao sistema de três centrais frente à Suíça em Düsseldorf (hoje, às 17.00 horas), os três leões deverão atuar com Kyle Walker, John Stones e Ezri Konsa (em substituição do castigado Guéhi) a formar o trio mais recuado, Trippier ou Alexander-Arnold na ala direita e Bukayo Saka ou recém-recuperado após lesão Luke Shaw na esquerda, Declan Rice e Kobbie Mainoo no meio-campo, com Foden e Bellingham no apoio a Harry Kane. 

Bellingham, refira-se, escapou com uma multa de 30 mil euros e suspensão por um jogo, mas sem efeitos imediatos, depois do gesto obsceno frente à Eslováquia. E, se marcar, vai ultrapassar Scholes, Lampard e Beckham e igualar Gerrard em golos em fases finais.

Do outro lado, estará uma Suíça que no Euro 2024 esteve à beira de derrotar a Alemanha na fase de grupos e eliminou Itália nos oitavos de final. O selecionador suíço Murat Yakin desvalorizou a possível mudança de sistema de Inglaterra: “Não sabemos o que planeiam fazer, mas eles têm imensa qualidade.”

Uma das principais estrelas suíças, o médio Granit Xhaka, está recuperado depois de um problema físico que chegou colocá-lo em dúvida para o jogo. 

Turquia sem Demiral e Kökçü

No jogo que vai fechar os quartos de final (às 20.00), a Turquia vai defrontar os Países de Baixos em Berlim sem dois habituais titulares, o benfiquista Kökçü, suspenso após ter visto o segundo cartão amarelo na prova frente à Áustria, e o antigo central sportinguista Demiral, castigado pela UEFA por dois jogos.  No caso do médio encarnado, este seria um jogo especial por ter nascido nos Países Baixos. Contudo, foi a suspensão de Demiral que indignou o presidente turco Recep Tayyip Erdogan: “Alguém diz alguma coisa sobre o fato de os alemães terem uma águia na camisola? Ou que há um galo na camisola de França? Esperamos que tudo acabe no sábado, quando sairmos vencedores.”

Estas ausências serão compensadas com o regresso da estrela da equipa, o médio Hakan Çalhanoglu, mas os favoritos continuam a ser os Países Baixos de Ronald Koeman, que conta com o melhor marcador (Cody Gakpo) e o jogador com mais assistências (Xavi Simons) deste Europeu.  “O último jogo [vitória por 3-0 sobre a Roménia] foi de muito bom nível futebolístico. Se mantivermos esse nível, então poderá ser um torneio muito bom para nós”, afirmou o selecionador Ronald Koeman.


david.pereira@dn.pt

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