Iga Swiatek volta a ser coroada rainha de Paris
A tenista polaca Iga Swiatek, número um mundial, conquistou este sábado pela quarta vez (a terceira consecutiva), em quatro presenças na final, o torneio de Roland Garros, segundo Grand Slam da temporada, ao derrotar a italiana Jasmine Paolini em dois sets na final.
Swiatek confirmou o seu favoritismo e bateu a 15.ª do ranking WTA pelos parciais de 6-2 e 6-1, em uma hora e oito minutos, não dando qualquer hipótese à italiana.
A tenista polaca, de 23 anos, assegurou assim o quarto triunfo em outras tantas finais em Roland Garros, depois das conquistas em 2020, 2022 e 2023, juntando estas vitórias ao outro Grand Slam que conquistou, o US Open, em 2020.
Swiatek conseguiu ainda um feito que até aqui apenas tinha sido alcançado pela norte-americana Serena Williams em 2013, ou seja, vencer na mesma temporada três torneios de terra batida - antes de Roland Garros, triunfou nos WTA 1000 de Madrid e Roma.
Além disso, a tenista polaca vai num impressionante registo de vitórias consecutivas em Roland Garros - são já 21 triunfos. A última vez que saiu derrotada no torneio de Paris remonta a 2021. Iga Swiatek entrou já no top 4 das tenistas com mais triunfos consecutivos em Paris, só atrás de Chris Evert (29), Monica Seles (25) e Justine Henin (24).
“Jasmim, parabéns pela tua caminhada. Estou impressionada com o que mostraste nestes 15 dias. Espero que nos encontremos muitas mais vezes no futuro. Quero agradecer também à minha família, à minha equipa, sem eles eu não estaria aqui. E obviamente aos organizadores deste torneio. Eu adoro este lugar. Durante todo o ano estou ansiosa para voltar aqui. Quase fui eliminada do torneio na segunda ronda contra o Osaka, mas graças ao vosso apoio consegui vencer. Eu sei que esqueço das pessoas por causa da emoção, mas só lembro de uma coisa: obrigado a todos”, disse a campeã polaca após levantar o troféu ainda em pleno court.
Alcaraz vs. Zverev
Para a tarde deste domingo está agendada a final masculina, que vai colocar frente a frente Carlos Alcaraz com o alemão Alexander Zverev, numa final inédita em Roland Garros. Nas meias finais, o espanhol deixou pelo caminho Jannik Sinner, número dois mundial, e o alemão eliminou o norueguês Casper Ruud.
Carlos Alcaraz, 21 anos, tornou-se no mais jovem de sempre a alcançar a final de um major nas três superfícies diferentes, ele que já venceu o Open dos Estados Unidos em 2022 (piso rápido) e de Wimbledon (relva) em 2023. Agora luta no pó de tijolo pelo terceiro título do Grand Slam com Alexander Zverev, finalista de um major pela segunda vez, depois da derrota sofrida diante do austríaco Dominic Thiem no Open dos Estados Unidos, em 2020.
“É um torneio muito especial que vejo desde que era pequeno. Quero deixar a minha marca nessa lista, imagino-me com a taça. Ainda falta um passo, um dos mais complicados que há: ganhar finais. Há uma frase que repito muitas vezes para mim, que é o facto de as finais serem para ganhar e não para jogar. Tenho a imagem na minha cabeça de levantar o troféu, mas é um longo caminho”, perspetivou o espanhol.
nuno.fernandes@dn.pt