Hugo Lloris deixa a seleção francesa. "Chega uma altura em que temos de saber passar o testemunho"
Após mais de 14 anos a defender a baliza da seleção francesa, Hugo Lloris despede-se depois do segundo lugar no Mundial2022, que decorreu no Qatar.
O capitão e guarda-redes da seleção francesa, Hugo Lloris, que ergueu a taça de campeão no Mundial da Rússia, em 2018, anunciou esta segunda-feira, em entrevista ao jornal L'Equipe, que não vai continuar na equipa gaulesa.
Relacionados
"Não é fácil anunciar isto, mas depois de 14 anos a defender esta camisola, que vesti com enorme prazer, orgulho, dever e sentido de responsabilidade, acho que cheguei ao fim", disse o guarda-redes do Tottenham, de 36 anos, vice-campeão no Mundial2022, que decorreu no Qatar.
Jogador da seleção francesa desde 2008, Lloris recebeu a braçadeira de capitão quando Laurent Blanc iniciou a sua etapa como técnico, substituindo Raymond Domenech após o fracasso no Mundial de 2010, na África do Sul. É o jogador que mais vezes vestiu a camisola da seleção gaulesa (145).
Subscreva as newsletters Diário de Notícias e receba as informações em primeira mão.
O atual técnico Didier Deschamps manteve total confiança em Lloris, peça-chave no grande período vivido pela seleção, com a final do Europeu em 2016 - que Portugal venceu tornando-se campeão europeu -, o título mundial em 2018 e uma nova final em Doha, em dezembro, perdida para a Argentina nos penáltis (3-3 nos 120 minutos e 4-2 nas penalidades).
Depois de quase quinze anos na seleção, "chega uma altura em que temos de saber passar o testemunho", disse Lloris.
Un monument de l'histoire des Bleus tire sa révérence. À 36 ans, Hugo Lloris, capitaine de l'équipe de France, annonce ce lundi à L'Équipe sa retraite internationale : https://t.co/dePVX5YoiD pic.twitter.com/hGzLVwEUQa
"Acho que a equipa está pronta para continuar", acrescentou, citando o nome do seu provável sucessor como titular, Mike Maignan.
O guarda-redes do Milan, de 27 anos, pode-se tornar titular nas eliminatórias para o Euro2024, que começa em março.
"Tenho a sensação de ter dado tudo, de ter feito parte da aventura, mas não quero esperar o momento em que fizer menos. Prefiro sair por cima, depois de ajudar a seleção francesa a chegar à final do Mundial", explicou Lloris ao jornal desportivo.