Gyökeres e Rui Borges eleitos os melhores da I Liga em 2024/25
Pedro Rocha / Global Imagens

Gyökeres e Rui Borges eleitos os melhores da I Liga em 2024/25

Avançado sueco revalida prémio de melhor futebolista, que já havia conquistado na época anterior. Rui Borges venceu o galardão de melhor treinador.
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O avançado sueco Viktor Gyökeres foi esta quarta-feira eleito melhor futebolista da I Liga pela segunda época consecutiva, após fazer 39 golos e oito assistências em 33 jogos em 2024/25 rumo ao 21.º título do bicampeão nacional Sporting.

“Estou muito honrado por receber este fantástico prémio. Infelizmente, não posso estar em pessoa, mas queria agradecer aos jogadores, ao staff, a toda a gente do clube e aos adeptos, que tornaram isto possível com o seu apoio”, afirmou o ponta de lança, de 27 anos, que se transferiu dos leões para os ingleses do Arsenal em julho, numa mensagem audiovisual divulgada na gala anual da Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP).

Gyökeres voltou a ser o jogador mais votado pelos treinadores e capitães dos 18 clubes da I Liga, prova na qual se sagrou melhor marcador nas últimas duas épocas, num total de 68 golos em 66 jogos, e venceu dois títulos pelo Sporting, mais a Taça de Portugal em 2024/25, que permitiram aos ‘leões’ revalidarem o estatuto de campeão nacional ao fim de 71 anos e alcançarem a ‘dobradinha’ 23 anos depois.

“Foi uma época inesquecível, ganhámos a I Liga e a Taça. Obrigado a todos e parabéns aos outros nomeados e vencedores. Obrigado aos que votaram em mim. Adoro-vos a todos”, terminou.

Integrado na melhor equipa da temporada passada, a exemplo de 2023/24, o internacional sueco replicou os feitos dos avançados brasileiros Hulk (2010/11 e 2011/12) e Jonas (2014/15 e 2015/16) e do médio Bruno Fernandes (2017/18 e 2018/19), que também revalidaram o troféu de futebolista mais valioso do campeonato, atribuído desde 2005/06.

Gyökeres liderou em remates certeiros nos campeonatos europeus, mas não conquistou a Bota de Ouro, ao ficar atrás do francês Kylian Mbappé, com 31 pelo Real Madrid, pois os golos valem a dobrar na Liga espanhola, mas só multiplicam por 1,5 pontos em Portugal.

Em todas as competições, o avançado teve impacto direto em quase 53% da produção ofensiva do Sporting, com 54 golos e 13 assistências em 52 jogos, números ampliados ao serviço da Suécia, pela qual fez nove tentos e quatro passes para golo em seis partidas na Liga das Nações, prova conquistada por Portugal e da qual também foi melhor marcador.

A melhor época da carreira valeu a Gyökeres a mudança para o Arsenal na janela de transferências de verão, num negócio consumado por 65,8 milhões de euros (ME) fixos, mais 10,3 ME por objetivos, que proporcionou a venda mais cara da história do Sporting.

Já Rui Borges venceu o prémio de melhor treinador da I Liga de futebol em 2024/25, época na qual conduziu o bicampeão nacional Sporting ao 21.º título, após deixar o Vitória de Guimarães para suceder a João Pereira.

“Foi uma viagem diferente e única. Toda a gente devia passar pelo Marquês uma vez na vida. Tive essa felicidade. Foi um caminho difícil, com a ajuda de todos. Este prémio não é do Rui Borges, mas da equipa técnica, dos jogadores e de toda a estrutura do Sporting, que é uma família enorme, focada e humilde”, reconheceu o técnico, de 44 anos, ao discursar na gala anual da Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP).

Rui Borges foi o mais votado pelos treinadores e capitães dos 18 clubes da I Liga, na sequência da conquista do título, à qual juntou a Taça de Portugal, para os primeiros troféus da sua carreira, que permitiram ao Sporting revalidar o estatuto de campeão nacional ao fim de 71 anos e alcançar a ‘dobradinha’ 23 anos depois.

“Dou um agradecimento especial ao presidente [Frederico Varandas], que teve a coragem de apostar no Rui de Mirandela. A viagem foi extraordinária”, acrescentou o técnico, que contabilizou 13 vitórias e seis empates em 19 jogos com os ‘leões’ na I Liga em 2024/25.

Natural de Mirandela, Rui Borges começou a temporada anterior no Vitória de Guimarães, mas assinou pelos lisboetas em dezembro de 2024, substituindo João Pereira, agora nos turcos do Alanyaspor, que tinha sido promovido da equipa B ‘leonina’ no mês anterior para colmatar a saída de Ruben Amorim rumo aos ingleses do Manchester United.

“O momento [mais importante da época] foi o primeiro dia em que pisei a academia. Tinha uma crença muito grande de que estava ali para conquistar algo. Não poderia ter sido melhor do que foi. Tricampeonato? Mantém-se a crença. Este clube é diferente e tem uma estrutura muito forte. Também devo muito este prémio à capacidade dos nossos adeptos em acreditarem tanto ou mais do que nós ao longo do tempo naquelas conquistas”, frisou.

Rui Borges sucedeu a Ruben Amorim como melhor treinador da I Liga e tornou-se o 11.º a figurar no palmarés desse troféu, atribuído desde 2005/06, que tem como recordistas Jesualdo Ferreira, Jorge Jesus e Sérgio Conceição, todos com três distinções cada.

“É normal que o campeonato e os adversários estejam mais competitivos e se tenham reforçado melhor para conseguir bater uma equipa bicampeã. É bom para o nosso futebol”, finalizou.

A terceira edição da gala Liga Portugal Awards arrancou às 19:00, na sede da LPFP, no Porto, premiando as melhores individualidades do futebol nacional na temporada passada.

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