Giro: Pogacar vence 15:ª etapa e reforça liderança
Pogacar, vencedor da Volta a França em 2020 e 2021, impôs-se nos 222 quilómetros da etapa 'rainha' do Giro, entre Manerba del Garda e a estância de esqui de Mottolino, em Livigno, em 06:11.41 horas, menos 29 segundos do que o colombiano Nairo Quintana, vencedor do Tour em 2014, que foi segundo.
O esloveno, que lidera a geral desde a segunda etapa, continua com a camisola rosa, agora com 06.41 minutos sobre o britânico Geraint Thomas (INEOS) e 06.56 sobre o colombiano Daniel Martínez (BORA-hansgrohe), que hoje cederam 02.50 face à sua arrancada em solitário a 14 quilómetros da chegada.
Quintana, vencedor da Volta a França em 2014, iniciou uma fuga após 200 dos 222 quilómetros da tirada, que só foi anulada pelo arranque em solitário de Pogacar, que chegou a estar a três minutos da frente da etapa.
A dois quilómetros da meta, já na abordagem aos 2.387 metros da meta, coincidente com um prémio de montanha de primeira categoria, Pogacar ultrapassou Quintana, para confirmar a superioridade na corrida e vencer sozinho a etapa.
Ao longo de mais de seis horas, a tirada foi marcada por algumas fugas, que foram sendo sempre controladas, e anuladas pelo pelotão.
A cerca de 170 quilómetros da meta, um grupo de 13 ciclistas iniciou uma fuga, acompanhado por um segundo, com 40 corredores, que chegaram a ter uma diferença de cinco minutos em relação ao pelotão, no qual seguia Pogacar.
Depois de uma outra fuga anulada, antes de Mortirolo, o desfecho da etapa começou a desenhar-se, mas ainda com numa altura em que Pogacar continuava "apagado", e em que brilhavam o alemão Georg Steinhauser (EF-Education) e Quintana
No final da tirada, Pogacar agradeceu ao austríaco Felix Grobschartner e ao polaco Rafal Majka, companheiros de equipa: "Falei com eles, porque tínhamos de ser inteligentes e não permitir que os fugitivos se afastassem muito, fizeram um bom trabalho".
"Quando assumi a liderança ataquei, e assim continuei até à meta", disse o esloveno, acrescentando: "Apesar de vantagem não posso dizer que tenha sido o melhor dia da minha carreira. Não me senti bem o dia todo".
Pogacar, de 25 anos, também falou de Quintana, segundo classificado na tirada: "Quando via ciclismo, ficava sempre aborrecido com Quintana, porque ele esperava muito para atacar. Hoje fez uma grande etapa, e Steinhauser [terceiro classificado] também esteve a um grande nível".
Quintana considerou que o protagonismo e o segundo lugar na etapa foi importante "para a moral pessoal e da equipa".
"Estamos no bom caminho, e isso é o mais importante. Sinto-me cada dia melhor, e hoje ganhei moral e motivação para o que falta do Giro e do resto da temporada. Estive muito bem e fizemos um bom trabalho de equipa", afirmou o colombiano.
Rui Oliveira (UAE Emirates), único ciclista luso em prova, foi 143.º classificado na etapa de hoje, com mais 47.20 minutos do que o vencedor, e segue em 138.º da geral, a mais de duas horas e meia (3:25.03) do companheiro de equipa Tadej Pogacar.
Na segunda-feira, o pelotão da 'corsa rosa' vai gozar o segundo dia de descanso da 107.ª edição, voltando à estrada na terça-feira, com a 16.ª etapa, entre Livigno e o monte Pana, em Santa Cristina Valgardena, numa viagem com 206 quilómetros e três contagens para o prémio de montanha, uma de categoria especial, uma de primeira e outra de segunda, coincidente com a meta.
AO (JP) // JP
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