Federação convida clubes da I Liga para novo campeonato feminino
A Federação Portuguesa de Futebol (FPF) assinou esta sexta-feira um contrato de patrocínio com a Allianz para o futebol feminino, válido para os próximos três anos. Com este apoio, a FPF pretende desenvolver mais esta modalidade que tem vindo a crescer de ano para ano em termos de atletas federados e projeção, e criar a Liga feminina Allianz já a partir de 2016/17. Neste sentido, serão feitos contactos com os 18 clubes profissionais da I Liga no sentido de criarem equipas de futebol feminino.
Fernando Gomes, presidente da FPF, lembrou o exemplo de outros países, como Inglaterra e França, em que alguns grandes clubes têm equipas de futebol feminino. No caso da Liga Allianz 2016/17, teriam entrada direta só quatro equipas profissionais, por isso o líder da FPF adiantou que caso a procura seja maior do que a oferta teriam de ser estabelecidos critérios em função do número de participantes, a exemplo do que se passou com as equipas B masculinas há uns anos.
O presidente da FPF garantiu ainda que com a eventual entrada de clubes profissionais no futebol feminino, a entidade a que preside irá criar "mecanismos de proteção" para defender os clubes que já têm equipas femininas, no sentido de estes não serem prejudicados. "Não temos a intenção de criar oportunidade para um clube e fazer desaparecer outro", disse Fernando Gomes, que acredita que muitas equipas profissionais da I Liga vão aderir a este novo projeto.
Tal como vem sucedendo, a Federação Portuguesa de Futebol ficaria responsável pelas despesas de deslocações das equipas e seguros das atletas. A FPF está ainda em negociações com operadores televisivos no sentido de negociar um pacote de 10 jogos desta nova Liga.
Este novo campeonato, além das quatro equipas convidadas da I Liga profissional, contaria ainda com os oito clubes do Nacional Feminino e as duas equipas do Campeonato de Promoção.
Mónica Jorge, diretora da FPF e responsável pela pasta do futebol feminino, acredita que o patrocínio assinado com a Allianz vai permitir desenvolver a modalidade. Os grandes objetivos até 2020 são duplicar o número de jogadoras de futebol (atualmente existem 2.116 só no futebol) e colocar Portugal no top 25 da FIFA (atualmente a seleção portuguesa é 40.ª a nível mundial e 23.ª europeia).