Lopetegui diz que o seu despedimento foi "incompreensível"
O treinador espanhol deu uma entrevista à Eurosport onde garante ter feito um bom trabalho no Dragão
"Há dois anos demos o passo de ir para Portugal e a experiência foi maravilhosa, muito enriquecedora, embora o final tenha sido incompreensível." Foi assim que Julen Lopetegui falou pela primeira vez sobre o seu despedimento do FC Porto.
Em entrevista à cadeia de televisão Eurosport, o treinador espanhol considera que estava a "fazer um bom trabalho" no Dragão, lembrando que "a equipa tinha hipóteses em três competições: Taça, Liga e Liga Europa".
Lopetegui, que não conquistou qualquer troféu pelo FC Porto, lembrou que na primeira época construiu "uma boa equipa para chegar a um ponto de rendimento que mudou no segundo ano porque foram vendidos sete titulares devido a rentabilidade económica".
"Perdemos potencial mas se tens jogadores inteligentes, que entendem porque é que as coisas acontecem de determinada forma, bem como as decisões da equipa técnica, é mais fácil reconstruir. Há vezes que o jogador não entende o jogo e então deves repetir os exercícios nos treinos para que memorizem o que queres que façam", acrescentou.
Lopetegui revelou ainda que Gianelli Imbula, que custou 20 milhões de euros aos cofres do FC Porto, "é um bom jogador" e "podia ser importante", mas... "Nós tínhamos outras necessidades prioritárias mais importantes para a equipa, que não chegaram", atirou. Recorde-se que numa entrevista recente, o presidente Pinto da Costa disse que Imbula fora um pedido de Lopetegui, que o considerava um Ferrari, tendo acrescentado que não compreendia como "um Ferrari passava tanto tempo na garagem".
A contratação de Iker Casillas foi ainda abordada por Lopetegui, explicando que foi a conjunção do "interesse do jogador e do treinador". "Não houve mistério. Ele tinha vontade de competir ao mais alto nível e chegou com grande mentalidade. Mesmo com a nossa saída, penso que vai continuar a ter a vontade que demonstrou nos últimos meses", finalizou.
