O FC Porto anunciou esta quinta-feira, 25 de setembro, o recuo na providência cautelar inicialmente prevista e estará presente em Arouca, no encontro da sétima jornada da I Liga de futebol, reagendado de domingo para segunda-feira.Em causa está o reagendamento da partida, determinado de forma unilateral pela Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP) para desacordo dos 'azuis e brancos', que defrontam o Estrela Vermelha três dias depois, a contar para a Liga Europa.O encontro estava inicialmente previsto para domingo, mas coincide com a realização da Feira das Colheitas, evento que atrai milhares de visitantes àquela vila do distrito de Aveiro, com a autarquia local e a Polícia de Segurança Pública (PSP) a alertarem para questões de segurança e a pedirem o reagendamento do mesmo.O presidente do FC Porto, André Villas-Boas, havia considerado a hipótese de suspender a partida na data determinada, mas o clube temeu que as incertezas quanto à eficácia do procedimento e à data da tomada de decisão pelo Tribunal Arbitral do Desporto pudessem prejudicar a preparação dos jogadores. . "Esta posição é assumida com sentido de responsabilidade, uma vez que a incerteza que resultaria da apresentação de um procedimento cautelar - que deixaria a equipa sem saber quando iria jogar, dado que tal dependeria do 'timing' das decisões das autoridades competentes - acarretaria um prejuízo ainda maior para o planeamento desportivo", justificou o clube em publicação no sítio oficial da internet.O clube reforçou as críticas já dirigidas à LPFP, realçando que a falta de espaçamento entre jogos nacionais e das competições europeias prejudica o futebol português no seu todo, numa altura em que o país poderá ter em causa o sexto lugar no ranking de coeficiente de ligas da UEFA."Não deixamos de assinalar que esta decisão da LPFP é altamente prejudicial, não só para os legítimos interesses do FC Porto, mas também para a credibilidade e para os próprios interesses do futebol português, que ficam seriamente comprometidos", criticou.No entendimento dos portistas, a nova data é "manifestamente ilegal" à luz do regulamento das competições."O FC Porto reitera que a decisão da Liga Portugal é manifestamente ilegal, dado que viola o Regulamento das Competições que, expressamente e sem margem para dúvidas, impede o reagendamento de uma partida para as 30 horas seguintes nas situações em que um dos clubes tenha de realizar um jogo oficial das competições da UEFA na semana seguinte", referiu.Contrariando os 'dragões', a LPFP, também em comunicado, publicado na passada quinta-feira, esclareceu que se viu obrigada a proceder ao reagendamento, garantindo que a decisão está suportada pelo regulamento da prova.O organismo assegura que a "ausência de condições mínimas de segurança" notificada constitui motivo de força maior e obedeceu aos procedimentos prévios de auscultação das sociedades desportivas e entidades públicas envolvidas.Na quarta-feira, a LPFP comunicou o adiamento da visita do FC Porto ao Arouca de 28 para 29 de setembro, por troca com o jogo entre Famalicão e Rio Ave, ambos da sétima ronda do campeonato, cenário que motivou fortes críticas de 'dragões' e vila-condenses.