E vão 10 vezes: quem ganha a Taça das Confederações não vence o Mundial

Alemanha ganhou a prova no verão passado e confirmou a tradição ao ser eliminada no Mundial da Rússia
Publicado a

A maldição da Taça das Confederações segue inquebrável e fez da Alemanha a sua nova vítima.
Depois de no verão passado ter conquistado a competição que, nas últimas edições, serviu de "ensaio geral" para o campeonato do mundo, os alemães confirmaram agora a "regra": quem levanta a taça das Confederações não levanta a taça do Mundial seguinte.

Desde que a Argentina venceu a primeira edição da Confederações, em 1992, que assim é. No Mundial dos Estados Unidos, em 1994, a seleção alvi-celeste não passou dos oitavos-de-final, caindo aos pés da Roménia de Hagi (2-3), dando início a uma tradição que a Alemanha acaba de prolongar, ao cair na primeira fase deste Mundial da Rússia.

Taça das Confederações:
1992 - Argentina (oitavos-de-final no Mundial 1994)
1995 - Dinamarca (quarto-de-definal no Mundial 1998)
1997 - Brasil (finalista derrotado no Mundial 1998)
1999 - México (oitavos-de-final no Mundial 2002)
2001 - França (1.ª fase no Mundial 2002)
2003 - França (finalista derrotado no Mundial 2006)
2005 - Brasil (quartos-de-final no Mundial 2006)
2009 - Brasil (quartos-de-final no Mundial 2010)
2013 - Brasil (meias-finais no Mundial 2014)
2017 - Alemanha (1.ª fase no Mundial 2018)


A Taça das Confederações nem sempre se disputou com o formato atual. Nas duas primeiras edições, ambas na Arábia Saudita, chamava-se Taça do Rei Fahd. Em 1992, contou apenas com quatro equipas. Três anos depois, com seis, o triunfo foi para a Dinamarca. Em 1997, também no país árabe, já contou com oito equipas e a tutela da FIFA. Na primeira vez que foi disputada noutro país, o anfitrião México foi o mais forte, em 1999. Desde 2005 tem sido realizada no país anfitrião do Mundial seguinte, de quatro em quatro anos, como ensaio geral para o campeonato do mundo.

O futuro da Taça das Confederações tem sido colocado em dúvida nos últimos tempos, devido ao plano de reforma dos calendários competitivos equacionado pela FIFA. Será a forma de acabar com a maldição?

Diário de Notícias
www.dn.pt