O festejo de Rodrigo Mora.
O festejo de Rodrigo Mora.FOTO: JOSÉ SENA GOULÃO/LUSA

Dragão manteve o lugar no pódio após Rodrigo Mora soltar o génio

Apesar do domínio diante de um Estoril pouco profícuo, a vitória esteve em perigo e só surgiu porque o miúdo marcou um grande golo e manteve a equipa no 3.º lugar, não deixando o Sp. Braga fugir.
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O FC Porto respondeu oeste domngo ao triunfo da véspera do Sporting de Braga com uma vitória por 1-2 no Estoril, mantendo assim o terceiro lugar na I Liga, com os mesmos pontos dos minhotos, antes da receção ao Benfica, marcada para o próximo domingo.

As entradas sonolentas em campo têm sido uma das imagens de marca do FC Porto esta época, mas desta vez a equipa entrou a todo o gás, beneficiando do muito espaço concedido pelos canarinhos. Aos 6’, na primeira grande ocasião de golo, Pepê, isolado diante do guarda-redes Chamorro, deixou-se antecipar por Kevin Bouma e aos 10’ Samu teve um golo anulado por fora-de-jogo.

Os azuis e brancos dominavam por completo mas acabou por ser o Estoril a inaugurar o marcador, aos 15’, na sequência de uma grande penalidade convertida por Begraoui, após um disparate de Marcano, que colocou a mão à bola num lance inofensivo, com o VAR André Narciso a alertar Hélder Malheiro.

Curiosamente, o golo pareceu amolecer os visitantes, que ainda assim estiveram perto do empate através de um remate de fora da área de Fábio Vieira e num tiro de Rodrigo Mora, parado pelo guardião Kevin Chamorro.

Quanto ao Estoril, cujo bom futebol tantas vezes tem sido (e bem) elogiado, desta vez teve 45 minutos de total desinspiração em termos ofensivos, tendo-se visto em vantagem unicamente devido ao erro de Marcano e sem conseguir criar uma única situação de perigo para Diogo Costa.

Nos últimos minutos da primeira parte, o FC Porto aumentou o ritmo e foi compensado com o golo do empate, mais uma vez na sequência de uma grande penalidade de mão na bola, após indicação do VAR, desta vez com o infrator a ser o médio Holsgrove. Chamado a converter, Samu não falhou e igualou a partida, tendo finalmente marcado fora de casa em 2025 na I Liga.

Ian Cathro, treinador do Estoril, não estava satisfeito com o que via, apesar de o resultado até ser positivo, e fez uma substituição no recomeço, com o ponta de lança Alejandro Marqués a render o central Kevin Bouma. Os canarinhos continuaram a sair numa linha de três, mas passaram a defender a quatro, e recomeçaram em bom estilo, criando uma jogada ofensiva perigosa, por Rafik Guitane, que obrigou Diogo Costa a defesa atenta.

Obra de arte de Mora

Durante alguns minutos viu-se um Estoril mais próximo do habitual, com os jogadores a trocarem a bola com qualidade. Quanto ao FC Porto, apesar do maior domínio, já não entrava pela defesa estorilista com a mesma facilidade e assistia-se a um duelo muito equilibrado.

Aos 63’ Fábio Vieira mostrou toda a sua qualidade técnica e depois de uma grande iniciativa individual, assistiu Nehuén Pérez, com o central argentino a atirar muito perto do poste.

O FC Porto começava a carregar em busca do 2-1, que chegou aos 65’ num lance genial de Rodrigo Mora: trabalhou em curto espaço de campo na grande área estorilista, enganando por completo os seus adversários, e depois fuzilou as redes canarinhas. Um golo de pura classe de um talento português de 17 anos, o sexto da época de Mora (quinto no campeonato).

Aos 76’ Martín Anselmi substituiu o apagadíssimo Pepê e Fábio Vieira por André Franco e Gonçalo Borges, e até ao final os dragões conservaram a vantagem, com apenas um sobressalto, na sequência de um pontapé de canto.

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I liga Apesar do domínio diante de um Estoril pouco profícuo, a vitória esteve em sério perigo e só surgiu porque o miúdo de 17 anos marcou um grande golo e manteve a equipa no terceiro lugar, não deixando o Sp. Braga fugir. Um bálsamo para a receção ao Benfica no domingo.

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texto andré cruz martins

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