Dar voz aos jogadores a bem do futebol português
E se os clube dessem o palco aos protagonistas em vez de questionarem o vídeo-árbitro? Para Tiago Craveiro, diretor-geral da Federação Portuguesa de Futebol (FPF), desligar os protagonistas dos adeptos é maior risco para o futebol do que as novas tecnologias:"Risco para o futebol é ouvirmos os jogadores poucas vezes. Esse é que é o risco para o futebol, desligar os protagonistas das pessoas."
Craveiro deu mesmo a FPF como exemplo, revelando que até Fernando Santos é incluído na escolha dos atletas a quem dar a voz diariamente. "Os jogadores em contexto de seleção falam todos os dias e isso nunca perturbou o ambiente da seleção nacional. Isso é obra do treinador, do selecionador, que tem uma palavra a dizer sobre quem são os jogadores que falam. Estou a falar de uma prática que é usada nas seleções nacionais. Respondem a perguntas, aproximam-se, recebem crianças de instituições colaboram com ações de natureza de responsabilidade social", explicou.
O diretor geral defendeu ainda o VAR: "Para quem acha que o vídeo-árbitro vai parar excessivamente o jogo, não temos assistido a isso."
O "Executive talks: futebol 4.0: Um novo paradigma?", juntou, ontem, os responsáveis da FPF, da Altice/PT (renovou contrato com a FPF até 2024), da 7egend e da Dentsu Aegis Network numa troca de ideias sobre a forma como os mundos do futebol, da tecnologia e das comunicações se cruzam. Segundo Tiago Craveiro, "quem vai ao estádio não pode ter menos do que quem vê na televisão".
Por isso, o desafio é ter os adeptos cada vez mais informados: "Em 2024, as pessoas já não vão aceitar receber a informação de forma indireta. O objetivo é chegar aos adeptos de uma forma simples e eficaz."
Fernando Gomes na PGR
O presidente da Federação foi ontem recebido pela Procuradora-Geral da República, Joana Marques Vidal. A audiência demorou 45 minutos e foi pedida pela FPF, de forma a dar seguimento às suspeitas levantadas pelo Benfica em relação ao FC Porto, no programa "Chama Imensa" da BTV, sobre um alegado esquema de corrupção de árbitros levado a cabo pelos azuis e brancos. Fernando Gomes já tinha feito o mesmo, em junho, em relação às denúncias de Francisco J. Marques, diretor de comunicação do FC Porto, no chamado caso dos emails.