Da estima por Ranieri à importância de vencer já a Roma, Anselmi vai continuar a festejar golos à sua maneira
Martín Anselmi considera “determinante” o jogo desta quinta-feira à Roma (20.00, SIC), da primeira mão do playoff de acesso aos oitavos de final da Liga Europa, e por isso diz que é “preciso ganhá-lo”. O técnico argentino mostrou-se ainda agradado por defrontar uma equipa orientada por Claudio Ranieri, um treinador que, confessou, admira desde miúdo.
Refira-se que o jogo vai colocar frente a frente o treinador mais novo da prova (Martín Anselmi, 39 anos) ao mais velho (Claudio Ranieri, 73 anos).
Anselmi fará esta quinta-feira a sua estreia em competições internacionais na Europa, mas no Equador, pelo Independiente del Vale, ganhou o troféu equivalente à Liga Europa. E, falando da sua experiência, considera decisivo o jogo da primeira mão de uma elininatória. “É determinante e indiferente ser em casa ou fora. Os segundos 90 minutos estão condicionados pelos primeiros. Inicia-se um jogo novo, mas com um resultado anterior. E não é a mesma coisa. São dois jogos distintos, mas com esse fator. O primeiro jogo é muito importante e é preciso ganhá-lo”, referiu.
Sobre a Roma, disse tratar-se de uma boa equipa, indiferente ao facto de os italianos poderem apresentar-se mais defensivos no Dragão e elogiando o técnico adversário que, entre outros feitos, foi campeão inglês pelo Leicester e venceu uma Supertaça Europeia pelo Valência: “Defrontar Ranieri é um orgulho. Aos 12 anos já via o seu Valência na televisão. É um treinador que viveu tudo, alguém superinteligente que vai saber como abordar o jogo. A Roma é a Roma, uma equipa grande que tem de vencer em qualquer estádio. Não vamos esperar um conjunto defensivo, mas estamos preparados para qualquer situação.”
Reforçando que o FC Porto “tem de ser competitivo em todos os jogos”, explicou depois a sua ideia de jogo. “Não é só ser competitivo a ter a bola e correr, é também arriscar o passe, longo, curto. Em ambos os sentidos. Neste grupo, vejo isso à flor da pele e isso transmite-me boas sensações. Somos competitivos e o processo é bom. Precisamos de um FC Porto que tire tempo ao rival, que não o deixe tomar decisões. Controlar o jogo com e sem bola é fundamental. E para o fazer sem bola, é recuperá-la o mais depressa possível”.
Anselmi recebeu algumas críticas pela forma exagerada como festejou o golo do empate frente ao Sporting no último jogo da Liga. Algo que o treinador desvalorizou, prometendo que vai continuar a ser efusivo sempre que assim o achar. “Os golos existem para serem festejados. Uma celebração é o que a pessoa sente. E calhou celebrar assim. Estávamos a jogar em casa, com os nossos adeptos. Foi a recompensa do esforço da equipa. E isso vou celebrar sempre. Depois, ficará à interpretação de cada um. Eu vivo as coisas como sou, faço as coisas como sou e não me escondo de nada. Uns golos vou celebrar, outros se calhar não.
O histórico do FC Porto frente à Roma é favorável aos dragões, que venceram três dos seis jogos (somaram ainda dois empates e uma derrota). Na última eliminatória em que se defrontaram, o FC Porto, então comandado por Sérgio Conceição, seguiu em frente - foi nos oitavos de final da Liga dos Campeões da época 2018-19, uma derrota por 1-0 em Itália e depois um triunfo por 3-1 no Dragão após prolongamento.
Em termos gerais, contabilizando todos os duelos com equipas italianas nas provas europeias, o balanço não é tão positivo. Num total de 41 jogos, os dragões venceram 12 desafios, empataram outros 12 e sairam derrotados em 17.