Sérgio Conceição: "Não fui digno de estar no banco"

Treinador do FC Porto assumiu responsabilidades pelos desaire em Vila do Conde frente ao Rio Ave. "Agora há que rever muita coisa, a começar por mim", disse.

Eis as principais declarações de Sérgio Conceição, treinador do FC Porto, após a derrota por 3-1 em Vila do Conde, com o Rio Ave.

"Hoje na primeira parte faltou tudo, não podemos ter intenção de pressionar na frente e ser uma equipa que quer condicionar ao máximo a dinâmica do adversário e depois não somos uma coisa nem outra."

"Estivemos muito distantes na atitude no jogo. Em termos estratégicos cabe-me a mim, sou eu o culpado, sou eu o treinador, assumo completamente a responsabilidade. O jogo que perdemos há um ano e pouco foi um jogo que não foi merecido perder. Agora há que rever muita coisa, a começar por mim."

"Encontro equipas que jogam contra nós e que tentam ao máximo, dentro das possibilidades, dificultar a vida ao campeão nacional, com uma motivação acima da média. Só podemos pôr a qualidade individual para fora dentro de um coletivo forte, e nós não fomos um coletivo forte hoje, essa é a verdade."

"Hoje não fomos dignos, eu como treinador, sentar-me no banco a comandar o FC Porto, e muito jogadores de vestir esta camisola. Eu não fui digno de estar no banco a comandar a equipa do FC Porto, pela primeira parte que fizemos. Não é possível."

"Temos de olhar para o presente e o futuro. Não é um jogo para esquecer, é um jogo para lembrar. Temos de baixar a cabeça e pensar o que não fizemos neste jogo, a começar por mim."

"Na segunda parte o jogo não existiu. Tivemos várias investidas, mas podiam ser dez ou 15 se o tempo útil fosse maior. Não me convidem para reuniões da FPF para depois olharmos para isto. Vou resumir o tempo jogado na segunda parte. É vergonhoso. Mas não foi por isso que perdemos. O Rio Ave criou situações para estar em vantagem e com a vantagem que estava ao intervalo. Tem a ver com o desenrolar do jogo e todos temos de pensar."

"Vamos dissecar ao máximo este jogo, numa conversa olhos nos olhos com os jogadores. Temos de continuar a trabalhar como sempre, para evitar jogos paupérrimos como o do Vizela e com este."

"Não houve desentendimento [com Luís Freire, no fim do jogo]. Há situações que se vive nos bancos e que ficam campo. Também já estive em equipas não tão grandes, e utilizei todas a estratégias, menos esta [de perder tempo] que não aceito."

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