Comité Olímpico quer que vacinação de atletas para os Jogos avance
José Manuel Constantino, presidente do Comité Olímpico de Portugal (COP), assumiu esta quinta-feira que a vacinação da missão portuguesa nos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020, vai avançar, mesmo que a demora cause "insegurança" entre a comitiva.
"Falamos de uma missão nacional, um número que não deve ultrapassar as 150 pessoas incluindo atletas, juízes, dirigentes... Uma missão olímpica nacional tem responsabilidades públicas que carecem de ser protegidas. Eu espero que as autoridades de saúde compreendam, entendam e respeitem isso e possamos rapidamente arrumar este assunto", vincou Constantino, em declarações à Lusa, precisamente no dia em que surgiu a notícia de que um grupo de cerca de 30 atletas ucranianos apurados para Tóquio 2020, que se realizam no próximo verão, receberam a primeira dose da vacina chinesa CoronaVac.
Os "sucessivos apelos e cartas" enviados aos responsáveis da saúde - ministério e Direção-Geral da Saúde (DGS) - tiveram reposta na segunda-feira, com o secretário de Estado da Saúde, Diogo Serras Lopes, a ligar ao líder do COP a garantir-lhe que toda a missão portuguesa será imunizada, como recomenda a organização dos Jogos Olímpicos.
Relativamente aos atletas ucranianos inoculado esta quinta-feira numa clínica em Kiev, foram cerca de três dezenas de desportistas que receberam "proteção", como apelidou a veterana Daria Tykhova, do tiro.
Segundo o ministério do Desporto do governo ucraniano, chegaram àquele país cerca de 1500 vacinas destinadas à missão olímpica, ainda que esta seja voluntária, uma vez que o Comité Olímpico Internacional não requer a vacinação para a participação na prova.
A menos de 100 dias dos Jogos, a dúvida sobre a sua realização persiste, num momento em que há um aumento sustentado de casos no Japão.
Os Jogos Olímpicos vão decorrer entre 23 de julho e 8 de agosto, enquanto os Paralímpicos devem disputar-se entre 24 de agosto e 5 de setembro.