O momento em causa: Matheus Reis pisa a cabeça de Belotti.
O momento em causa: Matheus Reis pisa a cabeça de Belotti.

Benfica exige suspensão imediata dos videoárbitros da final da Taça de Portugal

Clube da Luz acusa VAR e AVAR de erro “colossal” e promete agir na justiça desportiva para defender verdade competitiva.
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O Benfica pediu, neste sábado (12), a suspensão imediata dos árbitros envolvidos na decisão polémica do VAR na final da Taça de Portugal, ganha pelo Sporting, considerando que os erros cometidos no Jamor “privaram o clube de um título que era seu por mérito e desempenho desportivo”.

Em comunicado, os encarnados classificam o episódio como um “erro colossal” e acusam o VAR, Tiago Martins, e os AVAR, Vasco Santos e Sérgio Jesus, de terem “comprometido a integridade da competição”.

Em causa está o lance aos 90+5 minutos em que Matheus Reis, do Sporting, pisou a cabeça de Belotti junto à bandeirola de canto. O vídeoárbitro assinalou a conduta como violenta, mas não houve consenso para chamar o árbitro principal, Luís Godinho, para rever o lance em campo, que ficou assim sem punição no momento.

O lateral-esquerdo brasileiro viria depois a ser suspenso por cinco jogos, quatro pelo pisão e mais um por declarações consideradas ofensivas.

“O conteúdo da decisão confirma, de forma inequívoca, que os erros cometidos tiveram impacto direto no resultado da partida”, lê-se no texto divulgado pelo Benfica, que afirma já estar a preparar novas ações jurídicas, em Portugal e fora, para assegurar que o caso tenha “consequências exemplares”.

O clube critica ainda a “incompetência e falta de critério” dos árbitros envolvidos e considera que a sua manutenção em funções seria “um insulto ao futebol português”.

No mesmo comunicado, o Benfica dirigiu cinco perguntas às entidades que tutelam o futebol nacional, exigindo esclarecimentos sobre as consequências para os envolvidos e questionando, entre outros pontos, a ausência de uma posição pública do Conselho de Arbitragem e a não divulgação dos áudios do VAR relativos à final, formalmente pedida pelo clube em maio.

Confira na íntegra o comunicado do Benfica

Em face do recente acórdão do Conselho de Disciplina da Federação Portuguesa de Futebol, fica claro que a verdade desportiva foi gravemente adulterada na final da Taça de Portugal 2024/25.

O conteúdo da decisão confirma, de forma inequívoca, que os erros cometidos pelo VAR Tiago Martins e pelos AVAR Vasco Santos e Sérgio Jesus tiveram impacto direto no resultado da partida e colocaram em causa a integridade da competição.

Sem meias-palavras: esses erros privaram o Benfica de um título que era seu por mérito e desempenho estritamente desportivo.

Estes factos não podem ser relativizados, ignorados ou branqueados. O Sport Lisboa e Benfica exige a suspensão imediata dos quadros da arbitragem de todos os elementos envolvidos neste colossal erro de avaliação e julgamento.

Quem demonstra tamanha incompetência e falta de critério não pode continuar a intervir em jogos profissionais. A sua continuidade em funções seria um insulto ao futebol português e à sua credibilidade.

O Clube informa ainda que, com o apoio da sua equipa jurídica, está já a trabalhar noutras ações no âmbito da justiça desportiva, tanto em território nacional como internacional, para garantir que este caso não fica sem consequências exemplares.

O Sport Lisboa e Benfica tudo fará – dentro dos canais legais e institucionais – para defender os interesses do Clube, os princípios da competição e o respeito pelos seus adeptos.

A verdade desportiva não se contorna nem se arquiva. Defende-se, sem hesitações.

Em face do exposto, perante tudo o que sucedeu no final da época passada e o arranque de uma nova temporada, o Sport Lisboa e Benfica exige esclarecimentos urgentes e que se assumam responsabilidades.

Nesse sentido, o Clube dirige publicamente as seguintes questões às entidades que tutelam o futebol português:

Para quando uma pronúncia pública por parte do Conselho de Arbitragem sobre os acontecimentos que marcaram a final da Taça de Portugal?

Que consequências concretas retiram os responsáveis do futebol português face à gravidade deste caso?

Que conclusões tira a Federação Portuguesa de Futebol de uma reforma da arbitragem apresentada como resposta à exigência de mudança, mas que se revela claramente insuficiente perante os desafios do futebol moderno?

Para quando a divulgação pública dos áudios do VAR relativos à final da Taça de Portugal, formalmente requerida pelo Sport Lisboa e Benfica no passado dia 26 de maio?

Haverá, de facto, consequências para erros que não se limitam à negligência, mas que podem revelar indícios de dolo?

O Sport Lisboa e Benfica continuará a exigir respostas, transparência e responsabilização. O silêncio e a inação não servem o futebol português. A verdade desportiva exige compromisso, coragem e consequências.

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