Benfica ainda apanhou um susto mas Pavlidis resolveu
O Benfica sofreu para vencer o Farense, por 2-1, em jogo a contar para a 10.ª jornada da Liga, que decorreu no Estádio Algarve – os algarvios ainda estiveram a vencer, com um golo de Poveda, mas Carreras, que voltou a fazer um grande jogo, e Pavlidis acabariam por garantir uma difícil vitória para o Benfica.
Os encarnados já sabem que, na Liga, a margem de erro é zero, tendo em conta a desvantagem pontual para o Sporting, que lidera a prova, e, nesse sentido, entram em campo com uma atitude competitiva muito forte, como que a dizer ao adversário ao que vão.
No esquema tático habitual, Bruno Lage mudou cinco peças em relação ao jogo com o Santa Clara, para a Taça da Liga, entrando Tomás Araújo (António Silva), Florentino Luís (Renato Sanches), Kokçu (Amdouni), Di María (Beste) e Pavlidis (Arthur Cabral). O Benfica depressa começou a dominar a partida, perante um Farense que, reconhecendo, com humildade, as suas limitações, jogava num 3x4x3, que se tornava num 5x4x1 quando tinha de defender. Porém, sempre a olhar para a frente (ao minuto 5 Poveda ainda testou a atenção de Trubin). Mas já lá vamos...
O argumento deste “filme” parecia estar visto e, pensou-se, o golo dos encarnados seria uma questão de tempo. Só que não. Isto, apesar das oportunidades aos minutos 3, 9 e 13 (após mau passe de Pastor, remate de Di María não teve sucesso; tentativa de Kokçu, após passe de Aursnes, sai por cima; Pavlidis não finaliza com êxito, após novo erro, desta feita de Paulo Victor).
E com o Benfica a jogar no meio-campo ofensivo, a procurar, pacientemente, as melhores soluções para levar a bola até junto da baliza de Ricardo Velho, são os algarvios que chegam ao golo, ao minuto 15, numa jogada que começa precisamente no guarda-redes do Farense: passe longo de Velho, Menino ganha a bola, que sobra para Major. Este cruza e Poveda, de primeira e pé direito, coloca o Farense em vantagem.
A estratégia dos algarvios funcionava na perfeição, mas só durou apenas mais seis minutos, quando Carreras, ao minuto 21, recebeu de Akturkoglu e dispara, de pé esquerdo, com sucesso.
Voltava tudo à estaca zero, Benfica a atacar, Farense a defender de forma muito organizada, ocupando bem o seu meio-campo defensivo, e a espreitar o ataque - Di María (34’ e 39’) volta a tentar o golo, Pavlidis também (36’), após bom trabalho individual (Ricardo Velho estava atento), e depois remate de Akturkoglu sai por cima (41’), assim como de Kokçu (44’).
Bruno Lage arrisca e petisca
Certo é que a águia, apesar do tiro que a deixou ferida, encontrou forças para voar após o intervalo, altura em que Lage fez entrar Beste para o lugar de Bah e mexeu algumas peças na equipa, tornando-a mais ofensiva - Aursnes passou para lateral direito, Florentino ficou sozinho à frente da defesa e, nas costas de Pavlidis, apareciam Beste, Akturkoglu, Kokçu e Di María.
E se ao minuto 49 é Ricardo Velho quem nega o golo a Pavlidis (que grande defesa!), na resposta é Poveda quem não é feliz no remate. A segunda parte prometia e aos 54 minutos o Benfica colocava-se em vantagem: Di María recebe de Kokçu e conduz ataque rápido, serve Akturkoglu, e o turco assiste Pavlidis, que desta vez não perdoa – o grego continua de pé quente, era ele quem tinha o curativo que permitiu a águia voar.
O jogo, porém, estava longe de estar ganho. O Farense continuava a fazer pela vida (ao minuto 58 ninguém finaliza bom cruzamento de Pastor) e Tozé Marreco ainda tentou mexer, com algumas substituições. Mas o susto da noite estava guardado para o minuto 90+2, quando Bermejo chegou ligeiramente atrasado a cruzamento da direita. E o Benfica só respirou fundo com o apito final...