Autópsia. Revelada a causa da morte do atleta Kelvin Kiptum
Kelvin Kiptum, recordista mundial da maratona falecido no dia 11 de fevereiro, aos 24 anos, na sequência de um acidente de viação no Quénia, morreu devido a graves feridas sofridas na cabeça, indicou esta quarta-feira a autópsia feita ao atleta.
“O Kelvin sofreu graves ferimentos na cabeça. Houve fraturas cranianas graves principalmente na base do crânio”, explicou o médico, especificando que Kiptum tinha ainda “algumas fraturas nas costelas de ambos os lados” e também a nível dos pulmões. "Mas o que realmente causou a morte foram os graves ferimentos na cabeça na sequência do acidente", reforçou o médico.
Johansen Oduor, patologista do governo queniano, indicou ainda que foram recolhidas amostras para análises adicionais porque as circunstâncias da morte estão a ser investigadas: “As amostras serão submetidas a uma análise toxicológica completa para que possamos ver se houve algo que possa ter contribuído para a sua morte." Recorde-se que o pai do atleta pediu para que fosse realizada uma investigação, depois de ter recebido a visita de um grupo de estranhos, dias antes, que não se quiseram identificar.
Kiptum, um dos maiores valores emergentes do desporto mundial, tinha batido o recorde mundial da maratona em outubro do ano passado, em Chicago, com a marca de duas horas e 35 segundos, e preparava-se para durante o mês de abril, em Roterdão, baixar a marca abaixo das duas horas, um sonho que muitos fundistas perseguiram, mas nenhum conseguiu concretizar.
Mas um terrível acidente de viação, numa estrada entre as cidades de Eldoret e Kaptagat, na parte oeste do Quénia, roubou-lhe a vida. A ele e ao treinador Gervais Hakizimana. Uma terceira pessoa que seguia no carro, uma mulher, ficou ferida.