André Villas-Boas à chegada ao Tribunal São João Novo, no Porto
André Villas-Boas à chegada ao Tribunal São João Novo, no PortoFOTO: JOSÉ COELHO/LUSA

André Villas-Boas diz que o FC Porto foi "lesado em vários milhões" pelos SuperDragões

O presidente dos portistas ouvido como testemunha no julgamento do processo Operação Pretoriano.
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André Villas-Boas, presidente do FC Porto, acusou esta quinta-feira a claque SuperDragões de lesar o clube em "vários milhões" na sequência das "várias ilegalidades" que diz terem sido detetadas pela auditoria.

O líder portista está a ser ouvido como testemunha no Tribunal São João Novo, no Porto, no âmbito do julgamento do processo Operação Pretoriano, relativa aos incidentes na Assembleia Geral de 13 de novembro.

Na audiência, o atual presidente do FC Porto contrariou assim a ideia do antigo líder da claque SuperDragões, Fernando Madureira, um dos 12 arguidos neste processo, que tinha dito no julgamento que os novos estatutos do clube não iriam favorecer a claque que dirigia na altura.

"Os novos estatutos permitiam que o financiamento fosse mais facilitado. Na nossa auditoria foram detetadas várias ilegalidades. O protocolo com os Super Dragões foi revisto, não havia controlo nenhum e o FC Porto foi lesado em vários milhões", revelou André Villas-Boas, citado pelo jornal A Bola, acrescentando que "não é normal que o FC Porto pague despesas de viagens a membros da direção dos SuperDragões. Era um privilégio e um abuso".

Na qualidade de representante legal da SAD portista no processo, acusou os órgãos sociais do clube da anterior direção e em particular o então presidente da Mesa da Assembleia Geral, Lourenço Pinto, de inoperância na resposta aos desacatos na reunião magna, perante o que considerou “comportamentos indignos e intimidatórios”.

“Ninguém gosta de ver os associados do FC Porto a terem comportamentos intimidatórios para com outros associados. Os órgãos sociais do FC Porto ficaram inertes perante o que estavam a ver. A certo ponto, tinha de ser chamada a polícia e essa responsabilidade cabia ao presidente da AG. Pedi ao meu advogado para chamar a polícia mais do que uma vez pelos relatos que vinham chegando”, afirmou.

Villas-Boas revelou ainda ter ficado "arrepiado" com algumas mensagens trocadas no grupo de Whatsapp dos Super Dragões. "Mensagens de elevado nível de agressividade", que prometiam consequências para quem não apoiasse Pinto da Costa.

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