Sofia Cruz: "Não faz sentido a câmara ser acionista minoritário da Parques de Sintra"

O Palácio da Pena é o monumento mais visitado do universo do património cultural da Parques de Sintra - Monte da Lua (1,5 milhões de visitantes em 2024), que inclui também o Palácio Nacional de Sintra, o Castelo dos Mouros, o Parque e Palácio de Monserrate, o Convento dos Capuchos, o Santuário da Peninha, o Chalet e Jardim da Condessa d’Edla, o Farol do Cabo da Roca, o Palácio e Jardins de Queluz, a Vila Sasseti e a Escola Portuguesa de Arte Equestre.A presidente da Parques de Sintra, Sofia Cruz, defende um regime jurídico próprio para a empresa controlada pela Ministério das Finanças e o Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas, e quer reforçar os quadros para continuar a crescer. O património sob gestão da Parques de Sintra já recuperou totalmente da depressão Martinho?Não, já abrimos a visitação e já garantimos a segurança tanto dos trabalhadores como dos visitantes, mas a depressão Martinho deixou-nos algumas marcas severas que vão levar algum tempo a recuperar, nomeadamente a consolidação de muros, a recolha de material lenhoso da Serra de Sintra, a consolidação desses mesmos terrenos e o plano de reflorestação que já estamos a traçar.Com as mesmas espécies? Não, nós pretendemos sempre nas tapadas sob nossa gestão retirar as espécies invasoras, que no caso da Serra de Sintra é a acácia, e depois dotá-la de espécies autóctones e mais resilientes às intempéries, nomeadamente ao fogo, que é sempre uma das principais preocupações em zona florestal no nosso país, e que normalmente são o castanheiro e o carvalho.A floresta sairá mais resiliente da tempestade?Sim, é uma perspetiva que os técnicos de engenharia florestal me têm dado, que olham para a catástrofe sempre com o sentido de oportunidade. Portanto, vamos olhar para a depressão Martinho como uma oportunidade para avançarmos mais depressa na reflorestação. Quais foram os custos da depressão e o investimento que vão fazer?Fizemos um diagnóstico nos dias a seguir, tivemos danos tanto na parte edificada como na parte natural. Portanto, são custos que não vão ser todos concretizados este ano, mas estima-se que sejam de 1, 2 milhões na parte natural e 1,5 milhões na parte edificada. Na parte edificada, o mais significativo que nos preocupa são muros, houve um muro externo do Palácio Nacional de Sintra que desabou e temos de o consolidar. Da mesma forma que temos o muro da Tapada de Schindler, mais perto da Pena, que também temos de consolidar. E são obras de engenharia complexas, morosas e dispendiosas. Portanto, essa é a parte de 1, 5 milhões de edificado. O investimento na parte natural decorrerá também nos próximos dois anos e começa com estas primeiras intervenções, as primeiras mais emergentes de retirada de material lenhoso. E depois consolidar os terrenos, porque ficaram ensopados, ficaram danificados pela própria intempérie, e fazer um plano de reflorestação. . E como é que esse investimento será financiado?O investimento será financiado, tal como todos os investimentos da Parques de Sintra, pela capacidade de gerar receita do património sob nossa gestão.Nós não recebemos qualquer dotação do Orçamento do Estado. Candidatamo-nos, como qualquer outra empresa, a fundos nacionais ou fundos comunitários, sempre que somos elegíveis. Mas a nossa principal fonte de receita é a bilhética. A bilhética, que são cerca de 85% da nossa fonte de receita, seguida da gestão e administração direta – e uma delas concessionada – das cafetarias, as lojas também, a cedência de espaços para eventos, fazemos vários tipos de eventos nos vários monumentos. E a cedência de espaços para filmagens, que é também uma área que tem crescido nos últimos anosQue outros investimentos têm em curso? Nós temos muitos investimentos em curso agora no ano 2025, num total de 4,4 milhões de euros, estes todos derivados da nossa receita. Procuramos ter investimento em todos os polos que gerimos para conciliar a distribuição por todos os ativos da Parques de Sintra, mas também para manter a nossa política de aberto para obras. Ou seja, nós nunca vamos – como alguns programas do Revive –, fechar um monumento durante um ano. Há aqui uma política de manter a fruição ao público e, ainda assim, fazer a sua conservação e restauro.Também para não perder receita?Sim, também. Teríamos sempre os outros polos para equilibrar, mas quem chega a Portugal e se vê privado de aceder a um monumento na sua totalidade, também vê a sua visita desvalorizada.Como está a evoluir em 2025 o número de visitantes aos vários monumentos geridos pela Parques de Sintra? Em 2025 estamos a manter mais ou menos o mesmo número de visitantes. Tivemos uma pequena quebra em virtude da Páscoa não ter tido bom tempo. É sempre um período que nos afeta, ou seja, os visitantes visitam mais a Pena sempre que está bom tempo. Se a Páscoa não é tão propícia a isso, há ali uma ligeira quebra. E depois tivemos que estar fechados alguns dias em virtude da depressão Martinho para garantir que reabríamos em segurança e os visitantes pudessem circular à vontade. Isso significa que tivemos uma pequena quebra no primeiro trimestre em função destas condições.E o que é que preveem para o total do ano?No ano 2024 terminámos com 3,4 milhões de visitantes nos monumentos sob a gestão da Parques de Sintra. Este ano a nossa previsão é estabilizar este número, porque adotámos uma política de gestão da bilhética em 2024 muito importante para a nossa estratégia.Qual foi essa política?Reformulámos toda a bilhética e limitámos o número de entradas no Palácio da Pena. Habitualmente, em época alta, tínhamos 12 mil visitantes. Hoje em dia não conseguimos acolher mais do que seis mil visitantes no Palácio da Pena. Isto foi um compromisso essencial para garantir a fruição do património, mas também para impedir a sua acentuada degradação, que o excesso de carga turística envolve. Isto foi realmente uma mudança de paradigma para nós. Ainda assim, conseguimos manter a receita.Aumentaram os preços? Subimos os preços, melhorámos as nossas experiências de mediação cultural, criámos serviços de valor acrescentado como as visitas exclusivas antes da abertura, as visitas guiadas, ou seja, tudo com vista à melhoria da experiência do visitante que é também essa a nossa intenção, que as pessoas venham, usufruam do património mas não acentuem a sua degradação. E, portanto, nós chegámos a esta situação de compromisso. Mais uma vez, a inovação tecnológica permitiu também criar valor acrescentado e diversificámos esses serviços, as visitas exclusivas, as guiadas e contextualizadas. Temos também visitas encenadas. Aumentámos a compra online dos bilhetes de produtos também complementares, como os áudio guias, os transferes. Portanto, tentámos incorporar uma série de serviços que melhoram e que ajudam certamente. E os tarifários?Efetivamente, subimos em 2024, fizemos um acerto em todos e procurámos seguir a estratégia de tornar mais caro aquilo em que queremos que seja mais controlada a pressão, e tornar mais baratos os monumentos não tão visitados, numa política de tentar dispersar e dar a conhecer. Mas os tarifários não eram revistos há quase uma década e, portanto, nós achámos que os devíamos atualizar e associar este aumento do tarifário, que permite gerir com mais eficiência a nossa operação, torná-la mais preditiva, melhorar a experiência de visita, mas também equilibrar a sustentabilidade financeira e patrimonial dos bens sob nossa gestão. Tudo isto conciliámos também com a gratuidade para os residentes em Portugal, aos domingos e feriados. E há um desconto ainda associado de 15% se as pessoas comprarem online com três dias de antecedência. Portanto, a nossa intenção não é aumentar a quantidade de visitantes, é que eles usufruam mais do espaço, usufruam de todos os nossos serviços e também tentar dispersar os visitantes do polo mais pressionado, que é o Palácio Nacional da Pena, para os outros polos sob nossa gestão. . O Palácio da Pena é o mais visitado?É o mais visitado, sim. No ano passado recebeu cerca de 1,5 milhões de visitantes. A seguir talvez o Palácio da Vila. Mas um que foi uma surpresa agradável, em que já sentimos, após a pandemia, o efeito da nossa estratégia, é o Palácio de Monserrate, que foi o primeiro monumento a ultrapassar os valores pré-pandemia, a recuperar. Foi interessante e uma surpresa para nós. Eu acho que contribuiu muito também o termos do “Jazz em Monserrate” e eventos culturais que fizeram com que as pessoas viessem, e que depois permitiu difundir na comunicação aquele património.Qual é o menos visitado? Tipicamente é o Convento dos Capuchos, que neste momento se encontra fechado, porque está dentro do perímetro florestal da Serra de Sintra. Foi um sítio também onde a Parques de Sintra fez um investimento muito significativo nos últimos anos. É muito singular, ou seja, não tem nada a ver com a opulência típica dos palácios que estão sempre a ser fotografados. Tem uma certa frugalidade, é um espaço que convida à introspeção, está no meio da natureza, permite uma visita completamente diferenciada, mas ainda assim eu diria que é dos menos visitados, dos menos conhecidos e que nós também gostaríamos de inverter isso. E espero que o consigamos fazer, assim que o possamos reabrir.Ainda há limitações de acesso na sequência da depressão?No perímetro florestal da Serra de Sintra. Os monumentos em si, os espaços, no Parque da Pena já estão abertos na sua totalidade. No perímetro da Serra de Sintra as operações florestais ainda estão a decorrer e nós queremos manter a segurança das pessoas que circulam, seja de carro, seja as pessoas que usufruem da serra através do BTT e todos esses passeios. Temos trabalhado com a Proteção Civil e com a Câmara Municipal de Sintra para garantir que esses trabalhos sejam feitos com a maior premência, uma vez que se aproxima a época de incêndios. E, portanto, como o convento se encontra nessa área, nós não temos a certeza de quando é que podemos abrir, apesar de lá dentro já termos conseguido assegurar os espaços de circulação. O problema é mesmo que não nos faz sentido estar a abrir um monumento cuja estrada de acesso se encontra encerrada.Qual é a previsão de visitantes para este ano em termos globais?Não iremos ultrapassar os 3, 4 milhões. Portanto, é para manter. Qual foi o período de maior crescimento, o boom em termos de visitantes? O maior número de visitantes foi em 2019, foram 3,7 milhões. Depois começou a pandemia e houve uma quebra de 100% e desde então não recuperámos. O ano passado foi, novamente, o melhor e temos estabilizado mais ou menos nos 3,4 milhões. Não ultrapassámos os três milhões e meio. Qual é a faturação esperada para este ano e qual foi no ano passado? No ano passado tivemos um volume de negócios de 44,5 milhões de euros. Isto correspondeu a um aumento de 28% face ao período homólogo. Foi um ano recorde em termos de receita, apesar de termos conseguido controlar a visitação. Portanto, é um ganho de eficiência para nós. É receita que é afeta à preservação do património cultural sem acentuar a sua degradação. Este ano, é sempre uma incógnita. Mas acreditamos que vamos estabilizar este número. A maior parte dos visitantes são turistas? Quais são as principais nacionalidades? São americanos, os que nos estão a visitar mais. Creio que o mercado brasileiro também retomou em força e tem tido bastante expressividade. Na pré-pandemia, tínhamos nitidamente mais europeus, com especial enfoque para o mercado espanhol. Portanto, neste momento, nós temos uma maior expressão do mercado norte-americano e do Brasil.E portugueses? São uma minoria?São uma minoria que nós tentamos, com as gratuitidades, melhorar. No ano passado conseguimos – exatamente com esta nossa política de gratuidade, aos domingos e feriados para residentes nacionais –, melhorar o índice de visitação. Tentamos ter um vasto conjunto de iniciativas direcionadas para o público nacional. Temos este ano a decorrer a comemoração dos 30 anos da classificação pela UNESCO da paisagem cultural de Sintra como Património da Humanidade, que é o PH30, que é um programa com atividades, na sua maioria vocacionadas para o público nacional, e especificamente para um público mais jovem, que é também um segmento dos nossos visitantes que nós gostaríamos que contactasse mais com o património cultural.Houve um período de greves na empresa. A situação laboral está resolvida?Nós somos uma empresa do setor empresarial do Estado e, portanto, apesar de funcionarmos como uma empresa privada, para todos os efeitos, dependemos da autorização da tutela para fazer valorizações remuneratórias. E essas valorizações remuneratórias, nos períodos após a troika, estiveram sempre limitadas pelo Orçamento do Estado, ou qualquer exceção carecia da autorização específica da tutela.O que levou a que estes profissionais não fossem vendo o seu ordenado sendo atualizado como na função pública. Acabámos por ficar para atrás. Tentámos fazer a negociação de um acordo coletivo com os sindicatos.E tenho que agradecer o apoio do acionista Câmara Municipal de Sintra, que, desde o início, percebeu a importância da valorização dos recursos humanos da Parques de Sintra para a preservação deste conhecimento técnico, que é essencial para continuarmos a fazer projetos como este e a fazer a investigação histórica. E, portanto, foi determinante este apoio para conseguirmos ultrapassar as especificidades ou as autorizações necessárias para conseguirmos atualizar os salários e torná-los equiparáveis à tabela da função pública. Foi um momento chave, e eu diria que foi um momento decisivo para conseguirmos fixar profissionais extremamente valiosos para a preservação do conhecimento da empresa e para a boa execução destes projetos.Esta equiparação entrou em vigor quando? Assinámos em 2023 e entrou em vigor com retroativos a janeiro. São-nos agora aplicáveis as atualizações que forem negociadas para a função pública. Isto fez com que de 70 saídas que havia todos os anos de profissionais, portanto, uma elevada rotatividade, passássemos no ano passado para 11 saídas. Isto ajuda a estabilizar as equipas, a preservar conhecimento técnico dentro da Parques de Sintra e garante a boa execução dos planos plurianuais de investimento. Em termos salariais, eu diria que é importante continuar a fazer um caminho de valorização dos recursos humanos da Parques Sintra. Todos os profissionais gostam de progredir na carreira e nós procuramos não só pela tabela salarial, mas também ter um plano de formação, de desenvolvimento de competências individuais. Há uma preocupação de valorização destes recursos humanos na sua globalidade. E, como é óbvio, a componente financeira é sempre a mais importante, nós todos reconhecemos isso. E, mais uma vez, permita-me, há um agradecimento a ser feito na pessoa do doutor Basílio Horta, enquanto representante do acionista Câmara Municipal de Sintra, que sempre nos defendeu junto do Ministério das Finanças.A Direção-Geral do Tesouro e Finanças é um dos várias acionistas da Parques de Sintra...Exatamente, a Direção-Geral do Tesouro, ou seja, o Ministério das Finanças, que é responsável por estas autorizações e exceções, e o ICNF, que são os dois maioritários, com 35% de cada um. E, a seguir, a Câmara Municipal de Sintra, com 15% e o Turismo de Portugal, com outros 15%. Portanto, ainda sendo um acionista minoritário, esteve sempre connosco - tal e qual como está agora também na coordenação das operações florestais - na defesa da valorização dos recursos humanos da Parques de Sintra.Esta estrutura acionista dificulta o trabalho da administração da empresa?É complexa, não digo que dificulte, dá mais trabalho administrativo. A grande dificuldade – e eu compreendo o lado do Ministério das Finanças –, é criar normas para o setor empresarial local, que é o regime jurídico que temos de cumprir, para uma panóplia de empresas com realidades completamente distintas. Ou seja, há empresas do setor empresarial do Estado que têm deficit, há empresas que não têm atividade em expansão como nós temos, mas nós somos sujeitos às mesmas regras. Portanto, eu diria que o grande repto é como é que conseguimos tratar de forma igual o que é igual - somos uma empresa do setor empresarial do Estado -, mas tratar de forma desigual aquilo que merece ser tratado de forma desigual, como nós, em que nos autossustentamos, ou seja, conseguimos gerar receita suficiente para pagar todo o nosso funcionamento e investimento.Portanto, gostariam de ter um regime próprio?Sim, eu diria que sim.Defende alguma mudança ao nível da estrutura acionista? Um reforço da participação da câmara de Sintra? É uma matéria sensível, mas eu partilho a minha opinião. Efetivamente, há um critério de proximidade que se devia ter em consideração. É muito mais fácil articular com quem está diariamente presente no território. Se isso passará por um aumento da percentagem do capital, como era a intenção da Câmara Municipal de Sintra... eu acho que tem que haver uma distribuição dos acionistas. Mas essa distribuição não pode significar perda de agilidade em algumas normas. Ou seja, se nós passarmos para o município, significa que passamos a ter as mesmas regras de uma empresa municipal, ou continuamos a ter, por exemplo, como foi feito com o modelo da Carris, um regime próprio para garantir essa mesma agilidade no seu funcionamento? Portanto, eu acho que sim, não faz sentido a Câmara Municipal de Sintra ser um acionista minoritário quando o seu património está todo inserido neste território, mas eu diria que cabe aos senhores acionistas arranjar um modelo que corresponde às necessidades de desenvolvimento que nós estamos a sentir.Isso está a ser ponderado? Foi a intenção com o anterior governo, agora não sei se será retomado.Quais são os grandes desafios que têm em mãos neste momento?Um deles passa por aumentar a capacidade de resposta da empresa, ou seja, nós estamos num ponto em que atingimos a nossa capacidade de executar o investimento que nos propomos fazer, queríamos continuar a melhorar e a diversificar as experiências que oferecemos aos nossos visitantes, mas para isso precisamos de aumentar o nosso quadro de funcionários e ter uma maior agilidade de resposta. Quantas pessoas querem contratar?Está a ser negociado, eu não iria avançar com nenhum número antes de o apresentar. Queríamos apresentar para aumentar no início de janeiro, ou seja, já estamos a trabalhar para calcular as questões orçamentais. . E em que as áreas em que gostariam de reforçar os recursos humanos?É transversal. Nós precisamos desde front office, ou seja, temos espaços que estão ainda fechados pós-pandemia, por exemplo, a cafetaria de Queluz, nós não a conseguimos concessionar, porque é uma cafetaria interior. Precisamos de mais funcionários de atendimento ao público, mas precisamos também de reforçar todas as outras áreas técnicas, ou seja, os recursos humanos, a divisão jurídica, a direção de comunicação, a direção de programação, para criar cada vez mais ofertas diferenciadas e fazer uma mediação específica para escolas, famílias, visitantes estrangeiros. A direção de palácios também precisa ser reforçada, ou seja, há uma necessidade transversal de reforçarmos com técnicos especializados. Têm tido reconhecimento internacional ganhando consecutivamente os World Travel Awards na categoria de Melhor Empresa do Mundo em Conservação. Isso também vos ajuda perante os acionistas?Em relação aos acionistas, quando digo que há dificuldades, é apenas por haver enquadramentos legais que não atendem a todas as especificidades, senão eles chumbariam os nossos planos de atividade, e isso nunca aconteceu. Aliás, os nossos planos de atividades são aprovados e acredito que também vamos conseguir aumentar o quadro de pessoas em função também deste crescimento. .14 figuras esquecidas do Palácio Nacional de Sintra ganham vida em projeto audiovisual "inovador"

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