Exclusivo "Shuggie Bain foi rejeitado 44 vezes, mas não mudei nem uma vírgula. Escrevi o livro que queria"

Douglas Stuart esteve em Lisboa para promover o seu primeiro romance. Levou dez anos a escrever Shuggie Bain e é em grande parte inspirado no grande amor pela mãe alcoólica e pelas dificuldades em sobreviver ao período Tatcher. Outras novidades: O existencialismo por Kevin Aho e a edição de O Ser e o Nada de Sartre

O primeiro romance do escritor Douglas Stuart foi publicado nos Estados Unidos poucas semanas antes do confinamento do ano passado. O autor receou o pior: "Achei que Shuggie Bain iria passar despercebido". No entanto, ao ser incluído na short list do Prémio Booker de 2020 a visibilidade da obra foi grande e ao vencê-lo ressuscitou com grande força: "O Booker fê-lo regressar à vida e o prémio proporcionou uma leitura a nível global num ano muito surreal e em que eu não tinha controlo sobre o que se passava com romance".

Para Stuart, o galardão "tornou-se num importante elemento de ligação do livro com os leitores", destaque que levou Shuggie Bain a ser traduzido em dezenas de países, como é o caso de Portugal. Quando se lhe pergunta quais as suas expetativas sobre o leitor português ainda tenta ensaiar uma resposta, mas rapidamente confessa que nos desconhece: "Leitores portugueses... nunca pensei dessa forma... há uma história que pode acontecer em qualquer parte do mundo e criar empatia como todos os leitores."

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