Os museus e monumentos nacionais foram visitados por 2 301 439 pessoas entre janeiro e 21 de julho deste ano, das quais 465 430, 21% do total, entraram gratuitamente a abrigo do programa Acesso52, que garante 52 dias por ano de visitas sem pagar aos residentes em Portugal. Os números de 2025 foram facultados ao DN pelo Ministério da Cultura, depois de a Museus e Monumentos de Portugal (MMP) ter revelado esta quinta-feira, dia 4, os números de 2024, relativos ao universo de 38 equipamentos que tem sob a sua alçada. O programa Acesso52 foi lançado no dia 1 de agosto de 2024 pela anterior ministra da Cultura, Dalila Rodrigues. No primeiro ano, ou seja, desde o arranque em agosto de 2024 e até 31 de julho de 2025, entraram nos monumentos e museus nacionais quase um milhão de pessoas ao abrigo da medida (925 705), num total de 4 442 410 visitas, das quais 3 516 705 pagas (79%). Mas não se sabe se o programa Acesso52 vai poder continuar tal como foi desenhado, pois era Dalila Rodrigues ainda ministra da Cultura quando a Comissão Europeia (CE) abriu um procedimento de infração relativo ao Acesso52, por entender que discrimina os cidadãos da União Europeia. O governo português respondeu à notificação da CE no dia 19 de fevereiro deste ano, mas não se conhece a linha de argumentação do executivo para manter a medida em vigor. "O Governo foi notificado do procedimento de infração sobre o Acesso 52 a 16 de dezembro de 2024 e respondeu à Comissão Europeia a 19 de fevereiro deste ano. Dependendo da resposta, que ainda aguardamos, o Ministério da Cultura, Juventude e Desporto articulará com a MMP a melhor solução que divulgaremos no momento mais oportuno", diz fonte oficial do Ministério da Cultura, Juventude e Desporto, agora sob a alçada da de Margarida Balseiro Lopes. A medida tem tido adesão, revelam os números da MMP sobre os 38 equipamentos que gere, que registaram em 2024 um total de 5 065 228 de visitantes. Houve uma ligeira descida, de 1,8%, face a 2023, a que a MMP atribui também ao "ano marcado pelo encerramento total ou parcial de vários museus e monumentos para obras de reabilitação, a maioria no âmbito do PRR". Os bilhetes pagos representaram 66% das entradas e, destas, 55% foram de turistas estrangeiros. Em 2024, ao abrigo da medida Acesso 52, entre 1 de agosto, quando entrou em vigor, e 31 de dezembro, foram feitas 450 275 visitas, 8,9% do total, "motivando o crescimento de 32% no que respeita aos ingressos gratuitos (413 941 visitantes)", sublinhou em comunicado a MMP. O Mosteiro dos Jerónimos, em Lisboa, liderou as visitas com 946 014 entradas, seguido pela Fortaleza de Sagres, com 443 691 visitantes, pela Torre de Belém, com 387 379 entradas, e pelo Paço dos Duques, em Guimarães, que somou 376 331 visitantes.Destaque também para outros monumentos que são Património Mundial da Humanidade, como o Mosteiro da Batalha, com 354 905 visitantes em 2024, o Convento de Cristo, em Tomar, com 349 401 entradas, e o Palácio Nacional de Mafra, que recebeu 216 097 visitantes no ano passado. Em relação aos museus geridos pela MMP, os mais visitados foram o Museu Nacional do Azulejo, em Lisboa (297 203 visitantes) e o Museu Nacional dos Coches/Picadeiro Real, também na capital (219 506 entradas). .Meio milhão visitou gratuitamente museus, monumentos e palácios desde agosto com Acesso 52