Glória de Matos.
Glória de Matos.Arquivo DN.

Morreu Glória de Matos, nome maior do teatro e cinema

Vítima de insuficiência cardíaca aos 89 anos, a atriz, pedagoga e viúva de Henrique Mendes deixa um legado ímpar no cinema português e na formação de atores.
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A atriz Glória de Matos morreu esta quinta-feira, aos 89 anos, vítima de insuficiência cardíaca. Desaparece assim uma das figuras mais respeitadas das artes cénicas em Portugal, com uma carreira que atravessou mais de seis décadas.

A família adiantou à SIC os detalhes das cerimónias fúnebres: "O corpo estará em Câmara ardente na Igreja de S. João de Deus em Lisboa, sábado entre as 18h e as 22h e domingo entre as 12h e as 15h30, hora em que decorrerá uma missa de corpo presente e o corpo seguirá para o Cemitério do Alto de S. João".

Glória de Matos, que foi casada com o conhecido locutor e apresentador Henrique Mendes, teve um percurso notável que começou em meados dos anos 50, sendo peça fundamental na criação do Grupo de Teatro da Casa da Comédia. A sua última aparição nos palcos ocorreu em 2017, na peça Odeio-te, Meu Amor, no Teatro Nacional D. Maria II.

Embora tenha dedicado grande parte da sua vida ao ensino -- lecionando na Escola de Teatro do Conservatório Nacional, na Escola Superior de Teatro e Cinema e na Universidade Aberta --, foi no cinema que a sua imagem se tornou icónica.

A sua filmografia inclui interpretações memoráveis em obras fundamentais do cinema português, tais como Benilde ou a Virgem Mãe, de 1975 Francisca de 1981, Os Canibais (1988) O Quinto Império - Ontem como Hoje (2004), Espelho Mágico (2005) ou Singularidades de uma Rapariga Loura (2009).

Além da vertente artística e pedagógica, Glória de Matos desempenhou funções públicas de relevo, tendo sido membro da Alta Autoridade para a Comunicação Social e assessora tanto da Secretaria de Estado da Cultura como do Instituto de Artes Cénicas.

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