O maestro Pedro Amaral é o escolhido para diretor artístico do Teatro Nacional de São Carlos, até 2028, iniciando funções no dia 01 de setembro, foi hoje anunciado.Em comunicado, o Organismo de Produção Artística (Opart) indicou que Pedro Amaral foi escolhido por unanimidade a partir de 21 candidaturas elegíveis, sucedendo ao neerlandês Ivan van Kalmthout, que saiu em julho do ano passado após um ano em funções.O júri, composto por Conceição Amaral, que presidiu, Rui Morais, Jorge Vaz de Carvalho, Isamay Benavente e Paolo Pinamonti, decidiu pela candidatura de Pedro Amaral por estar “sustentada pela clareza e coerência da proposta programática, pela solidez da sua formação musical e pela relevante experiência artística”.“A candidatura de Pedro Amaral colocou a missão de serviço público do Teatro Nacional de São Carlos no centro da sua ação, enaltecendo o seu papel de referência nacional e internacional. A carta programática apresentada a ‘3 tempos’, curto, médio e longo prazo, coloca o foco na criação artística, no repertório, no património musical português, no desenvolvimento do talento e criação portuguesa, com uma atenção especial e rigorosa na itinerância, na diversidade dos públicos e na construção de redes e colaborações internacionais”, lê-se no mesmo comunicado.O mesmo texto acrescenta que “o júri valorizou ainda a abrangência da visão apresentada, aliada a um pensamento crítico e construtivo, bem como a um profundo sentido de missão e entusiasmo revelado por Pedro Amaral perante os desafios do Teatro Nacional de São Carlos e o seu futuro”.Segundo a biografia partilhada pelo Opart, Pedro Amaral, nascido em 1972, iniciou os seus estudos com Fernando Lopes-Graça, em 1986, e formou-se na Escola Superior de Música de Lisboa (1994) e no Conservatório Nacional Superior de Paris, onde obteve o 1.º Prémio em Composição, por unanimidade do júri, em 1998.Amaral frequentou também a Escola de Altos Estudos em Ciências Sociais, onde completou o mestrado em Musicologia Contemporânea (1998) e o doutoramento (2003) com uma tese sobre "Momente", de Karlheinz Stockhausen.As suas óperas "O Sonho" e "Beaumarchais" foram estreadas em Londres, em 2010, e em Lisboa, no Teatro Nacional Dona Maria II, em 2017. Atualmente, é professor da Universidade de Évora.O concurso decorre numa altura em que o edifício do TNSC, em Lisboa, está encerrado para obras de requalificação, no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), e a programação artística está a ser cumprida em digressão pelo país.O teatro nacional encerrou no final de julho de 2024, estando a reabertura agendada para 2026.."São nove telas de Beethoven em exposição no Terreiro do Paço"