Jerry O'Connell: "Adoro os portugueses, é só rir com vocês"

Um antigo galã de cinema a ter sucesso na televisão. Chama-se Jerry O'Connell e é um ator a querer ser detetive da polícia na série <em>Carter</em>, agora no AXN na segunda temporada. Esteve em Portugal e ficou doido com Lisboa e a PSP.
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Uma série a satirizar séries de detetives. A ideia não é má e, na prática, Carter, da AXN, é um divertimento leve e brincalhão que resulta bem. A primeira temporada teve um sucesso considerável e agora está aí a segunda temporada com mais episódios e aventuras de Carter, um ator de Hollywood que regressa à sua pequena cidade do Canadá para perseguir uma obsessão: resolver casos de detetive com a sua perícia de ator. Esta produção do Canadá é protagonizada e produzida por Jerry O'Connell, conhecido de filmes como Conta Comigo, de Rob Reiner e Jerry Maguire, Cameron Crowe, mas sobretudo da série Crossing Jordan, em que, nem de propósito, era protagonista no papel de um detetive. Em Lisboa, chegou sorridente há umas semanas e não dispensou uma ativação promocional junto da nossa polícia, nem em experimentar as ondas portuguesas.

O que faz da Carter uma lufada de ar fresco no panorama das séries?
É inovadora, a minha personagem é como o Horatio do CSI, só que é ator! [risos] Gozamos com todas as séries policiais que há na televisão americana! E por brincar tanto com isso temos um pouco mais de liberdade do que as outras séries.

Depois do cinema, tornou-se um ator de televisão de sucesso. Há muitos anos que está sempre ligado a séries. O quão duro é esta rotina destes "empregos" fixos?
É sempre a mesma coisa todos os episódios, é duro! O público adora porque está à procura dessa familiaridade quando vê televisão e nós damos-lhe o que quer. Por exemplo, em Carter há sempre um cadáver no começo. A minha personagem - e isso é que tem graça - chega às fitas de proteção policial e escorrega...

De alguma maneira, o Carter resolve os casos pela sua aptidão como ator. Um bom ator precisa de ter superpoderes?
Não sei! Diz-se em televisão que um protagonista na televisão é suposto ter um superpoder. O hilariante é que o superpoder do Carter é ele ser ator! Nesta temporada, vão poder-me ver mais vezes disfarçado, nem imagina as perucas e a maquilhagem que fui obrigado a usar! Diverti-me tanto, a sério!

O seu nome aparece na série também como produtor. Será que o produtor chegou a ter algum arrufo com o ator?
Gostava de poder dizer que agora sou mais uma espécie de patrão no plateau, mas não. Isso do produtor foi coisa do meu agente: "Tornem-no produtor!" Acontece quando já se anda nisto há muitos anos. Juro que não grito com ninguém nem tenho feitio de líder, isto do produtor é apenas um crédito. Sou melhor ator do que produtor.

E ao fazer este tipo de humor e farsa sente que corre riscos?
Sou um ator que corre riscos, é divertido. Além do mais, estamos na segunda temporada - agora já é impossível sermos cancelados. Calma, até podem cancelar... mas é mais complicado.

Tem estado a promover esta série sem parar. Estas digressões são cansativas?
Acabei de vir de Espanha... Cansativo este dever? Qual quê!? A última coisa que penso quando estou a rodar é se Carter vai resultar para o público português, mas depois vou para o Marvão na Feira da Castanha e sou logo reconhecido e pedem-me selfies. É do caraças! Aqui em Lisboa também sou muitas vezes reconhecido, embora muitas vezes não saibam o meu nome - dizem-me: "Espera, eu conheço-te - és alguém superfamoso." Adoro os portugueses, é só rir com vocês... Agora a sério, divirto-me à grande nestas digressões de promoção. Sabe quantos pastéis de nata já comi desde que cheguei!? [risos].

E sabemos que esteve na PSP numa ação promocional...
Isso foi de loucos! Eles foram tão queridos! Senti-me algo tontinho quando andei de moto com um agente... Até me deram um colete a dizer PSP. Felizmente não me deram uma arma. Não julgo as pessoas pelo seu corpo, mas todas as agentes eram tão bonitas... Os tipos também são todos atraentes. Enfim, a PSP é toda cool, a força policial mais bonita do mundo. Fiquei a segui-los no Instagram, são divertidíssimos.

Sente saudades do cinema ou nem por isso?
A televisão é mais divertida para mim. As séries dão-me mais pica e não passam tão depressa como a rodagem de um filme. Porém, tenho aí um filme grande para chegar, The Secreto, com Katie Holmes e Josh Lucas. Mas a televisão funciona como um jogo de maior duração, podemos ir mais além e ser mais criativos.

Poderia então ser uma boa ideia algo como Carter - O Filme?
Seria o máximo, embora fazer aqui em Lisboa! Um filme onde Carter investiga ao lado da PSP de Lisboa... Fogo, grande ideia!

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