Fãs reunem-se à porta da casa onde Alain Delon será enterrado perto dos seus cães
Os fãs da lenda do cinema francês Alain Delon reuniram-se nos portões da sua propriedade, este sábado, a sul de Paris, antes de um funeral privado com a presença dos seus filhos, familiares e amigos próximos. O ator será sepultado perto dos seus cães.
O ator, de 88 anos, protagonista de "Plein soleil" (1960), o filme que lhe deu fama internacional, "Rocco et ses frères" (1960), "Le Guépard" (1963) e "La piscine" (1969), morreu no domingo.
A polícia francesa bloqueou as estradas perto da mansão na aldeia de Douchy e fechou o espaço aéreo, durante todo o fim de semana.
Amigos e familiares autorizados a entrar na capela privada da propriedade terão de deixar os seus telemóveis à porta.
A atriz italiana Claudia Cardinale, de 86 anos, que contracenou com Delon em O Leopardo, estava "demasiado triste" para comparecer, disse o seu agente à AFP.
Rosalie van Breemen, ex-mulher de Delon e mãe dos seus filhos Anouchka e Alain-Fabien, estará presente, disseram à AFP fontes próximas.
Durante toda a semana, centenas de fãs reuniram-se em frente aos portões de La Brulerie para deixar homenagens florais e cartões. Horas antes da cerimónia, uma multidão já se tinha começado a juntar.
Os três filhos de Delon disseram à AFP que ficaram “extremamente comovidos com o fervor e o carinho demonstrados pelos seus fãs em França e em todo o mundo”.
Desde a sua morte que França tem prestado homenagem a Delon, uma das maiores mas mais polémicas estrelas do país.
Embora tivesse legiões de fãs em todo o mundo, as relações de Delon com as mulheres causaram controvérsia. Os seus filhos acusaram-no de violência doméstica, o que Delon negou, embora admitisse ter esbofeteado mulheres.
O ator recebeu ainda críticas por apoiar Jean-Marie Le Pen e pela sua oposição às relações entre pessoas do mesmo sexo.
Depois de morto, ainda estava nas manchetes depois de ter sido divulgado que pediu que o seu cão favorito fosse eutanasiado e enterrado com ele.