A NASA escolheu a SpaceX, do empresário e presidente da Tesla Elon Musk, para a próxima missão tripulada à Lua, anunciou hoje a agência espacial norte-americana.."Hoje, estou muito animado, e nós estamos muito entusiasmados em anunciar que atribuímos à SpaceX o desenvolvimento do nosso sistema de alunagem", afirmou a chefe daquele programa da NASA, Lisa Watson-Morgan, em conferência de imprensa..Este contrato é a mais importante vitória da SpaceX e reforça a posição da empresa como parceiro privilegiado da NASA..No ano passado, a empresa de Elon Musk tornou-se na primeira a enviar com sucesso uma equipa a bordo da Estação Espacial Internacional..A SpaceX apresentou a concurso o foguetão Starship, concebido para transportar tripulações e cargas importantes para viagens espaciais longínquas, e que pode aterrar de pé..Protótipos do foguetão estão atualmente a ser testados no Texas, mas as quatro tentativas de voo terminaram em explosão..A última missão tripulada à Lua, a Apollo 17, aconteceu em dezembro de 1972, três anos depois da chegada do Homem à sua superfície, com a missão Apollo 11..Ao todo, estiveram na Lua 12 astronautas norte-americanos, dois deles civis: um engenheiro, Neil Armstrong, e um geólogo, Harrison Schmitt, respetivamente o primeiro e, até hoje, o último, homens a pisarem o solo lunar. Cerca de 400 quilos de rocha lunar foram enviados para a Terra ao longo das seis alunagens..Em maio de 2019, a NASA anunciou que a nova missão lunar humana, ainda sem custos contabilizados, se chamará Ártemis, que, na mitologia greco-romana, era irmã gémea de Apolo e deusa da caça e da Lua..Dois meses antes, a administração do Presidente Donald Trump já tinha antecipado em quatros anos, para 2024, o regresso de astronautas norte-americanos à Lua, incluindo a primeira mulher..A futura tripulação alunará no polo sul, onde há gelo nas suas crateras e, portanto, condições para ter potencialmente água líquida..A porta de entrada será uma estação orbital na Lua, a Gateway, que servirá de plataforma também para Marte, a ser construída numa parceria entre a NASA e as congéneres europeia, russa, canadiana e japonesa e empresas privadas, algumas a apontarem baterias para o turismo espacial e a colonização de Marte.